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Ferro-velho fechado pela polícia volta a funcionar na região da cracolândia, em São Paulo

Dependentes químicos vendem sucata no local para conseguir comprar droga no chamado "fluxo" da cracolândia

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Já está reaberto e funcionando um dos 45 ferros-velhos fechados pela polícia na região da cracolândia, no centro de São Paulo.

O SBT denunciou, em uma série de reportagens, em março, que os frequentares do chamado "fluxo" conseguiam dinheiro rápido e fácil para comprar droga vendendo sucata.

Depois de uma queda de braços de dois meses, o ferro-velho conseguiu retomar suas atividades. "Foi uma ordem arbitrária, o delegado veio junto com o chefe dos investigadores, colocou minha mulher e minha filha pra fora, armado, e fechou meu portão com solda", afirma o dono do local, Anderson Anielo Giamundo.

A ideia da polícia é secar o dinheiro sem fim gasto pelos dependentes químicos para comprar droga. A maioria vende o lixo nesses lugares e volta para comprar crack de traficantes.

Os donos dos chamados: ferrolhos, sucata, lixão ou morcegão - foram acusados de crimes contra a saúde pública devido às instalações e do suposto armazenamento irregular do lixo.

A Justiça, porém, não concordou com o entendimento da Polícia Civil e tem arquivado os inquéritos. Sem uma acusação formal, os locais que tiverem autorização da prefeitura para funcionar, estão livres para voltar a abrir.

Um outro lixão, também no centro, reabriu, mas com meia porta aberta. Os blocos de concreto colocados pela prefeitura continuam lá. O movimento de pessoas que vendem o lixo recolhido nas ruas também voltou a aumentar.

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