Publicidade
Brasil

Família tem que comprar gerador para manter idoso vivo após três dias sem energia

Seu Antônio tem doença rara e precisa dos aparelhos para sobreviver; família tem diversos protocolos na Enel, mas permanece sem luz em São Paulo

Imagem da noticia Família tem que comprar gerador para manter idoso vivo após três dias sem energia
Publicidade

Seu Antônio, de 68 anos, sofre de uma doença rara e depende de equipamentos vitais, como cilindro de oxigênio, respirador e sonda de alimentação, todos movidos à energia elétrica. Contudo, desde a última sexta-feira (11), quando um temporal atingiu São Paulo e causou a queda de energia em diversas regiões, a filha vive um verdadeiro sufoco para garantir que os aparelhos vitais continuem funcionando.

+ Três dias depois de temporal, 537 mil continuam sem luz em São Paulo

A família está esgotada de tentar contato com a Enel, empresa responsável pela distribuição de energia, sem sucesso. "São centenas de protocolos. A família inteira liga pedindo providências, mas a resposta é sempre a mesma: 'daqui a duas horas volta, ele vai ter prioridade'. Só que, até agora, nada", conta Renata, filha de seu Antônio.

Procurada pelo SBT, a empresa não retornou o contato.

Para continuar utilizando os equipamentos essenciais sem energia elétrica, a família se uniu em uma verdadeira força-tarefa. Além disso, eles enfrentam outro problema: um medicamento de R$ 400, que precisa ser mantido refrigerado para controlar a pressão do idoso, corre o risco de ser perdido.

A solução emergencial encontrada foi a compra de um gerador, no valor de mil reais, que está ligado dia e noite desde a queda de energia. No entanto, o barulho já incomoda os vizinhos. "Se o gerador parar, meu pai para de respirar. Enquanto o problema não for resolvido, o barulho vai continuar", explica Renata.

+ Cachorro morre eletrocutado por cabo de média tensão caído após temporal em SP

Após seis meses internado no hospital, a família finalmente trouxe seu Antônio de volta para casa, mas a alegria de estar próximo a ele foi interrompida pela falta de luz e pela negligência. "É muito triste. A sorte do meu pai é que ele tem a gente para cuidar dele. Mas e quem não tem? E quem não tem alguém para cuidar? Nós conseguimos comprar um gerador, mas nem todos têm essa possibilidade", lamenta Renata.

Publicidade
Publicidade

Últimas Notícias

Publicidade