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Entrevista de Biden à NBC "não convenceu ninguém", afirma analista político

Arick Wierson avaliou o desempenho do presidente dos Estados Unidos, marcado por respostas desencontradas e dificuldade na comunicação

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Joe Biden em entrevista à NBC | Imagem - reprodução NBC
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Um conteúdo “difícil” de assistir. Essa é a avaliação do analista político Arick Wierson sobre o desempenho do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, na entrevista concedida à TV NBC. Wierson comentou o assunto na edição desta terça-feira (16) do Poder Expresso, transmitido ao vivo pelo canal do SBT News no YouTube e pela Nordeste TV, no estado do Ceará.

"Eu achei difícil assistir à entrevista. Ele começava a responder de um lado, depois parecia esquecer o que tinha falado no início da frase e mudava de assunto. Foi um pouco difícil de assistir, tanto como telespectador quanto como alguém que acompanha a política de perto”, avaliou Wierson. Para o analista, a dificuldade de comunicação de Biden pode afetar não apenas sua própria candidatura à reeleição, mas também as chances do partido democrata nas próximas eleições legislativas nos Estados Unidos.

Ele ou ela?

Wierson pontuou um momento constrangedor da entrevista à NBC. Biden não sabia, ou pelo menos não lembrava, que a direção do Serviço Secreto norte-americano é exercida por uma mulher, e não um homem. Sobre esse trecho da entrevista, o analista esclareceu que, em inglês, a palavra “director” serve para designar tanto “diretor” quanto “diretora”. A escrita e a pronúncia não mudam, seja qual for o sexo. Isso, como ressaltou Wierson, foi o gatilho para a confusão feita por Biden.

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“O entrevistador perguntou ‘o que você acha que deve acontecer com o(a) diretor(a)’ do Serviço Secreto?’. O Biden respondeu ‘eu não tenho falado com ele’. Na verdade, é uma diretora, é uma mulher. Então significa que ele nem sabia quem era, quem liderava o Serviço Secreto. Uma coisa básica mesmo”, observou Wierson. Segundo o analista, uma coisa é não saber o nome. Outra coisa, pior, é sequer saber se o cargo é ocupado por um homem ou uma mulher, o que mostra, no mínimo, um desconhecimento sobre a estrutura atual do Estado norte-americano.

Vice de Trump

Wierson comentou também o impacto da escolha do senador republicano J.D. Vance como vice na chapa de Donald Trump. Ele explicou os bastidores da escolha de um político com a metade da escolha de Trump para preencher a candidatura republicana à presidência dos Estados Unidos. E recordou o passado de críticas já feitas por Vance ao ex-presidente dos Estados Unidos. Wierson lembrou que Vance chegou a comparar Trump a Adolf Hitler.

Blue MAGA

Outro tema abordado por Wierson foi adoção, pelo Partido Democrata (de Biden), de uma postura semelhante à da ala mais “trumpista” do Partido Republicano. Para exemplificar, o analista político cita o lema de Trump: “Make America Great Again”, popularizado pela sigla MAGA. O termo significa “fazer a American grande novamente”.

Opositores de Trump associam a sigla “MAGA” a um posicionamento mais radical, que não aceita opiniões divergentes sequer dentro do mesmo partido. Segundo Wierson, os próprios democratas, agora, têm adotado essa linha. Rejeitam opiniões contrárias dentro do partido e veem na tentativa de substituir Biden na corrida presidencial uma espécie de “traição”.

Como as cor do Partido Republicano é vermelha, e a dos democratas é a azul, analistas políticos norte-americanos passaram a usar o termo “Blue MAGA” para se referir a esse suposto radicalismo partidário dos aliados de Biden. Essa é mais uma das curiosidades trazidas ao Poder Expresso por Arick Wierson, cuja participação você confere abaixo:

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