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Entre risos, Gilmar Mendes confirma que falou a Sergio Moro que o senador “roubava galinhas”

Em julgamento no STF sobre caso relacionado à Lava Jato, o ministro mencionou “um encontro muito divertido” que teve com o senador

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O ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes confirmou, nesta terça-feira (11), a ironia feita diante do senador Sergio Moro (União-PR) quando este o visitou em seu gabinete, pouco antes de ser julgado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Entre risos, Mendes afirmou, na Segunda Turma do STF, que falou com Moro e o ex-deputado Deltan Dallagnol “roubavam galinhas”, em referência à relação entre o então procurador da República e o então juiz durante a operação Lava Jato.

+ Sergio Moro se encontrou com Gilmar Mendes um dia antes de retomada do julgamento no TRE

“Em um encontro divertido que eu tive, não faz muito tempo, como senador Sergio Moro, eu tive a oportunidade de dizer isso a ele. Como é do meu feitio, eu disse a ele - usando uma expressão do nosso mundo rural - que, há muito tempo eu já falava e denunciava, que ele e Dallagnol roubavam galinhas juntos”, declarou o ministro. “E, claro. Denunciei isso aqui muitas vezes”, complementou.

"Vaza Jato"

“Mas a Vaza Jato obviamente veio tornar isso evidente, como que se davam as conversas. Mas, aqui, há uma singularidade histórica: o diálogo se dá nos autos”, afirmou Mendes, reiterando as críticas que já haviam sido feitas a Sergio Moro no caso analisado pela Segunda Turma do STF nesta terça-feira.

Foi submetido ao colegiado um recurso contra decisão monocrática tomada por Mendes em novembro de 2023. Na época, o ministro determinou o trancamento de uma ação de improbidade contra a construtora Queiroz Galvão na Justiça Federal no Paraná. O processo correu na 13ª Vara Federal de Curitiba. No processo, o então juiz Sergio Moro decretou, em 6 de abril de 2015, o sequestro de R$ 163,5 milhões em bens da construtora para ressarcir os cofres públicos.

Gilmar Mendes não só encerrou a ação de improbidade como também determinou a devolução do dinheiro à Queiroz Galvão, após considerar não haver provas suficientes da culpa da construtora.

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