Entenda o modelo de Fair Play Financeiro para o futebol brasileiro apresentado pela CBF
Proposta foi construída em conjunto com clubes e federações e define novas regras para controle de dívidas, gastos e equilíbrio financeiro

Antonio Souza
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) apresentou, nesta terça-feira (11), a versão preliminar do modelo de Fair Play Financeiro que será implantado no futebol nacional.
O projeto foi elaborado em parceria com clubes, federações e consultorias especializadas e será apresentado oficialmente em 26 de novembro, durante o Summit CBF Academy, no Rio de Janeiro.
Segundo a CBF, o sistema foi inspirado nas ligas da Inglaterra, Espanha, Itália, Alemanha e França, mas adaptado à realidade dos clubes brasileiros.
O principal objetivo é garantir sustentabilidade financeira, evitar o acúmulo de dívidas e atrair novos investidores.
“Ficamos muito felizes com a ampla participação dos clubes e federações. Isso demonstra o sucesso de um modelo de gestão pautado pelo diálogo e pela construção coletiva”, afirmou Helder Melillo, diretor executivo da CBF.
Veja os principais pontos do projeto
Controle de dívidas em atraso
- Dívidas recentes: clubes deverão quitar novas pendências até janeiro de 2026.
- Dívidas antigas: poderão ser regularizadas até novembro de 2026
Equilíbrio operacional
- A partir de 2028, os clubes precisarão provar que não gastam mais do que arrecadam.
- Entre 2026 e 2027, haverá período de transição para adaptação às novas regras.
Controle de custos com elenco
- Até 2029, o gasto com salários e amortização de atletas não poderá ultrapassar 70% da receita anual.
Endividamento de curto prazo
- O limite máximo de endividamento será de 45% da receita total, com vigência total a partir de 2029.
Fiscalização e transparência
- Haverá monitoramento contínuo da folha de pagamento e das contratações, com controle reforçado a partir de abril de 2026.
Próximos passos
O texto final será discutido com clubes e federações e poderá passar por ajustes antes da versão oficial.
A expectativa da CBF é que o novo sistema entre em vigor gradualmente até 2029, promovendo maior equilíbrio e responsabilidade financeira no futebol brasileiro.









