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E o Pix? Boleto bancário é o meio de pagamento mais usado por empresas brasileiras, diz pesquisa

Pix aparece na segunda posição, com 33% da preferência do público corporativo; cartão de crédito tem apenas 2% de adesão

Imagem da noticia E o Pix? Boleto bancário é o meio de pagamento mais usado por empresas brasileiras, diz pesquisa
Boleto bancário é o meio de pagamento preferido das empresas brasileiras | Marcelo Camargo/Agência Brasil
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O boleto bancário é o meio de pagamento mais utilizado pelas empresas brasileiras, com 65% de preferência, segundo a pesquisa "Panorama de Gestão Fiscal e Financeira 2025", realizado pela plataforma de tecnologia Qive (antiga Arquivei), com apoio da Endeavor, divulgada nesta quarta-feira (22).

+ BC aprova inclusão de QR Code em boletos para pagamento por Pix

O levantamento, que ouviu 400 empresas de todas as regiões do país, revelou que o Pix ocupa a segunda posição, com 33% das escolhas, enquanto o cartão de crédito tem apenas 2% de adesão como meio de pagamento no ambiente corporativo. Essa tendência contrasta com o cenário entre consumidores individuais, em que o Pix, criado em 2020, é amplamente mais popular.

+ Pix supera dinheiro como forma de pagamento mais utilizada no Brasil

Por que o boleto é preferido?

De acordo com o estudo da Qive, as empresas preferem o boleto por questões de segurança. Ele oferece comprovantes rastreáveis e padronizados, além de contar com processos de múltiplas aprovações que reduzem riscos e permitem maior tempo para revisão e validação das transações.

Outro ponto destacado pelos entrevistados é que muitos sistemas de gestão empresarial (ERPs) ainda não oferecem integração completa com o Pix, o que limita sua adoção entre as empresas.

Em 2023, mais de R$ 5,8 trilhões foram movimentados por meio de boletos no Brasil, envolvendo tanto pessoas físicas quanto jurídicas, segundo a Febraban.

Esse grande montante exige que as empresas adotem medidas constantes de segurança para evitar fraudes.

“Independentemente do método de pagamento escolhido, recomendamos sempre verificar a autenticidade das informações e utilizar plataformas digitais com recursos de identificação antifraude, além de automatizar a conciliação com as notas fiscais”, alerta Adriana Karpovicz, Diretora de Vendas na Qive.

Muito tempo gasto fazendo pagamentos

Quase metade dos entrevistados (48%) indicou que gasta tempo considerável em atividades manuais que poderiam ser automatizadas. Karpovicz explica que, embora haja resistência à adoção de novas ferramentas por receio de que substituam os profissionais, a automação não visa substituir pessoas, mas liberar colaboradores para tarefas mais estratégicas.

Empresas estão preocupadas com multas fiscais

O estudo aponta que as mudanças frequentes e a complexidade das regras fiscais são as principais preocupações das empresas, com 69% dos entrevistados destacando esse tema. Além disso, 43% das empresas já enfrentaram multas fiscais. O índice mais elevado é na região Nordeste (53%), onde a complexidade das legislações estaduais e o acesso limitado a tecnologias de automação agravam o problema.

“Sem uma área preparada para identificar fraudes e com processos manuais, as empresas estão mais vulneráveis a erros e multas, o que é um reflexo nacional", afirma Adriana.

A pesquisa também revelou que mais da metade das empresas (54%) acredita que até 10% de seu faturamento está comprometido com multas fiscais.

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