Doação de remédios para o Rio Grande do Sul: veja restrições e exigências
Estado recebeu mais de 150 toneladas de medicamentos desde o início da tragédia das chuvas
As chuvas que já deixaram 172 mortos no Rio Grande do Sul também comprometeram os depósitos hospitalares e da indústria farmacêutica, tornando as doações de remédios prioritárias para a Defesa Civil estadual.
Desde o início de maio, quando as inundações começaram, o estado recebeu mais de 150 toneladas de medicamentos, segundo a associação médica gaúcha. Mas há algumas restrições para a chegada dos itens:
- as embalagens devem estar lacradas e dentro da validade;
- doações de pessoas físicas foram vetadas, devido aos riscos embutidos em produtos sem condições de uso;
- apenas ONGs, laboratórios, distribuidoras de remédios e órgãos governamentais podem doar.
Motivo das restrições
As exigências se dão para que sejam cumpridas as normas técnicas da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) com relação à veiculação de medicamentos -- as mesmas que valem para a comercialização e distribuição por órgãos públicos.
Para evitar a interrupção de tratamentos, a Anvisa publicou duas resoluções que estabelecem medidas "excepcionais e temporárias" no Rio Grande do Sul, que está em calamidade pública. Mesmo assim, a sensibilidade e riscos oferecidos por esses itens demandam a preservação de restrições.