Distribuidora fecha unidade responsável por 30% do gás de cozinha no RS
Instalação foi atingida por enchentes; Ministério de Minas e Energia trabalha em rotas alternativas para distribuir botijões
A Copa Energia, dona da antiga Liquigás, precisou interditar o centro operacional da cidade de Canoas, no Rio Grande do Sul, devido às fortes chuvas. A unidade, responsável por 30% do abastecimento do gás de cozinha (GLP) no estado, foi atingida pela inundação do último domingo (5), que deixou botijões de gás boiando em meio à água barrenta.
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Segundo a empresa, outras instalações seguem ativas para atender a demanda, que começou a crescer devido às perdas provocadas pelas enchentes. O problema, no entanto, é que, apesar de haver os produtos, não há logística de fazer com que o combustível chegue nas revendedoras, o que deixa o abastecimento crítico no estado.
Além da Copa Energia, a refinaria Alberto Pasqualini (Refap), da Petrobras, também vem enfrentando dificuldades para escoar combustíveis. Nesta semana, a empresa solicitou a reabertura de rodas pelo modal rodoviário, ou a criação de rotas alternativas, já que as vias, sobretudo as que passam por Caxias do Sul e Passo Fundo, estão prejudicadas.
O pedido foi atendido pelo Ministério de Minas e Energia, que definiu, na terça-feira (7), avanços para o escoamento de gás de cozinha, assim como um plano para reintegrar o estado por via aérea. Agora, as operações que, antes, teriam como destino o Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, serão enviados para outros terminais do estado
“A medida é essencial não só para dar vazão à produção de GLP, mas de todos os outros combustíveis obtidos a partir do processo de refino, como o diesel, a gasolina e o querosene de aviação (QAV). Além disso, o asfalto, outro derivado de petróleo, também será essencial para a reconstrução das rodovias gaúchas”, disse a pasta.
É possível recuperar os botijões perdidos?
Para as empresas que tiveram os botijões de gás molhados, o dano pode ser contido. Gihad Baki, Diretor Administrativo da AppGas, explica que, após localizados, os botijões podem ser recuperados através de um processo de requalificação, uma vez que os recipientes resistem a grandes pressões dada a fabricação com materiais blindados.
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Uma exposição prolongada à umidade, no entanto, pode causar danos à pintura externa do botijão de gás e aumentar o risco de corrosão. Isso pode comprometer a integridade estrutural do botijão e aumentar o risco de vazamento de gás.
Cuidados básicos com botijão de gás
- Manuseie botijões de gás com cuidado, evitando que caiam ou sofram pancadas;
- Os botijões devem ser guardados em locais limpos, ventilados, livres de óleo e graxa, protegidos contra chuva, sol, e outras fontes de calor;
- Botijões de gás domésticos não devem ficar juntos do fogão. Precisam estar fora da casa e conectados com tubulações metálicas;
- Caso o gás esteja instalado dentro de casa e ele vier a vazar, não risque fósforo e não acenda ou apague luzes. Chame os bombeiros (193) e se possível retire o botijão da sua casa. Abra as portas e janelas, corte a energia no relógio e fique longe do local onde o gás está vazando;
- Ao instalar um novo botijão use espuma de sabão para testar se há vazamentos;
- Jamais use fogo para tal propósito, mas lembre-se: o sabão não deve ser usado para vedar vazamentos;
- Ao acender um forno de fogão, riscar primeiro o fósforo e abrir o gás depois;
- Se a casa ficar desocupada por um período prolongado, feche o registro de gás.