Diplomata brasileiro morre durante missão oficial na capital de Ruanda
O presidente Lula prestou solidariedade aos familiares em publicação na rede social X (antigo Twitter)
Guilherme Resck
O diplomata brasileiro Daniel Machado da Fonseca morreu, no último domingo (3), em Kigali, capital de Ruanda (na África), onde estava para participar da reunião do Conselho do Fundo Verde para o Clima. As informações foram confirmadas pelo Itamaraty nessa segunda-feira (4).
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Segundo o Ministério das Relações Exteriores (MRE), os trabalhos do conselho de ontem foram suspensos em memória de Daniel.
O conselheiro nasceu no Rio de Janeiro e ingressou no Serviço Exterior Brasileiro em 2006. Ele serviu nas embaixadas do Brasil em Nairóbi, Roma e Nova Delhi e, atualmente, era chefe da Divisão de Ação Climática.
"Sua trajetória no Itamaraty foi marcada por reconhecidas competência e dedicação. Contou sempre com o respeito e o carinho de todos seus colegas, no Brasil e no exterior", ressaltou a pasta.
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e a secretária-geral das Relações Exteriores, Maria Laura da Rocha, em nome do Itamaraty, expressaram aos amigos e à família de Daniel, em especial à sua esposa, a primeira-secretária Roberta Maria Lima Ferreira, e à sua filha, "as mais sentidas condolências".
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também se manifestou sobre a morte, cuja causa não foi revelada.
"Tomei conhecimento, com pesar, do falecimento do diplomata Daniel Machado Fonseca, durante missão oficial que realizava em Kigali, Ruanda. Daniel nos deixou precocemente fazendo o que mais amava, atuando em nome do seu país, em defesa dos mais vulneráveis e de soluções para o planeta", escreveu Lula no X (antigo Twitter).
Ainda de acordo com o presidente, o Itamaraty "perde um grande quadro e o Brasil, um cidadão exemplar". "À sua esposa Roberta, sua filha Letícia e demais familiares, meus sentimentos e solidariedade nesse momento tão difícil de despedida", concluiu.
Pesar
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Fundo Amazônia disseram ter recebido a notícia da morte "com muito pesar".
"Com representação no Comitê Orientador do Fundo Amazônia e no Comitê Gestor do Fundo Nacional para Mudanças do Clima, Daniel esteve presente em todas as principais propostas de retomada de atividades de ambos os Fundos", pontuaram os órgãos, em nota.
Ainda de acordo com o comunicado, desde a reinstalação do Comitê Orientador do Fundo Amazônia, em janeiro de 2023, o diplomata representava o Itamaraty no comitê:
"Com sua trajetória sólida e alta capacidade de construção de soluções conjuntas, Daniel deixa um legado duradouro de defesa da cooperação internacional como um grande instrumento para o desenvolvimento dos países".
As colaboração dele no âmbito do Fundo Amazônia, dizem, "sempre apontaram para a valorização das ações do Fundo tanto do ponto de vista das novas captações que estavam sendo feitas quanto da interlocução com os demais países com florestas tropicais".