Barco à deriva com corpos: PF investiga nacionalidades das vítimas e a causa do acidente no Pará

A Polícia Federal (PF) abriu uma investigação destinada a identificar as nacionalidades e a causa das mortes dos corpos que foram encontrados em estágio de decomposição em um barco à deriva no mar de Bragança, cidade do Pará.

Ainda não há a confirmação da quantidade de corpos encontrados dentro da embarcação.

A principal suspeita é que as vítimas sejam estrangeiras devido ao modelo do barco ser diferente dos utilizados na região e por não ter ocorrido nenhuma notificação das autoridades locais em relação a desaparecimento de barcos com tripulantes brasileiros.

Paralelo à apuração da PF, o Ministério Público Federal abriu duas apurações, uma na área criminal e outra na civil, conduzidas pela Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão, órgão especializado na defesa dos direitos humanos.

Força conjunta

Na madrugada desta segunda-feira (15), a PF, o Corpo de Bombeiros, a Marinha e outras autoridades rebocaram o barco, o colocaram em terra firme e o enviaram com as vítimas para uma análise no Instituto Médico Legal (IML) da cidade.

Por conta da maré baixa ter dificultado o translado, assim como a necessidade de rebocar o barco em baixa velocidade, a ação em conjunta das autoridades durou cerca de 12 horas.

Um dos corpos chegou a cair da embarcação em deslocamento, mas ele foi resgatado em seguida e enviado para a perícia em conjunto.

O local de trapiche do barco, região conhecida como Vila do Castelo, está isolado e somente pessoas autorizadas podem ter acesso.

Uma equipe de papiloscopistas da Polícia Federal de Brasília foi enviada ao Instituto para ajudar na identificação dos corpos.

O caso

Pescadores navegavam na praia da Arujuteua quando avistaram o barco à deriva e encontraram os corpos, no sábado (13).

Tadeu Barbosa, um dos bombeiros que está à frente do caso desde o início, afirmou que as vítimas podem ter entrado em processo de decomposição há mais de um mês.