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Confusão na porta de bar em Brasília termina com mulher presa por injúria racial

Vítima afirmou que foi xingada com comentários racistas por uma professora

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Além das ofensas sobre a aparência física e a cor da pele, Luiz Henrique informou que foi agredido fisicamente | Reprodução
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Uma mulher foi presa em Brasília no último domingo (23) por injúria racial após confusão na porta de um bar na área central da capital federal.

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A mulher, identificada como Lyra Pascalle, de 47 anos, teria agredido fisicamente e verbalmente Luiz Henrique dos Reis, 25, com comentários racistas, na saída de um evento durante a madrugada.

Ao SBT News, Luiz Henrique contou que foi insultado por duas pessoas que aparecem em um vídeo gravado no momento da confusão. Além das ofensas sobre a aparência física e a cor da pele, ele também informou que foi agredido fisicamente.

"Ela segurou meu braço, me deu um chute, e quando questionei quem ela achava que era para me agredir, ela olhou pra mim e disse: 'Você é negro. Você é preto. Você não é nada'."

Luiz disse que um amigo da mulher também o ofendeu.

"Ele atacou a minha aparência, meu corpo, meu jeito de falar e andar, me comparou a um 'vendedor de drogas', comentou sobre minhas roupas e minha condição financeira. Chegou a dizer que eu 'não era nada'."

"A confusão começou entre os dois e os seguranças. No tumulto, meu amigo foi atingido por um copo d’água jogado pelo rapaz. Os seguranças expulsaram eles, mas enquanto eu e meu amigo comentávamos sobre o ocorrido, a mulher voltou, dizendo que a casa era homofóbica. Eu respondi que isso era impossível, porque a Birosca é uma das casas mais inclusivas de Brasília. Foi aí que tudo piorou", destacou.

Lyra Pascalle, que é professora da rede publica do DF, acabou presa por injúria racial e lesão corporal. O homem de 37 anos que estava com ela foi autuado por injúria e vai responder em liberdade.

A defesa da mulher alegou que os fatos surgiram de uma briga generalizada, envolvendo bebida alcoólica, em um contexto que ainda precisa ser esclarecido. Disse também que a autuada nega veementemente ter proferido qualquer expressão dirigida à vítima, e reafirma que todos os detalhes serão demonstrados nos autos do processo. Também argumentou que, até lá, nenhuma narrativa deve ser tomada como verdade absoluta, preservando a presunção de inocência de Lyra.

A professora foi liberada após audiência de custódia.

O que diz a Secretaria de Educação do DF

Por meio de nota, a Secretaria de Educação (SEEDF) informou que tomou conhecimento do caso por meio da imprensa e que a Corregedoria da pasta já está adotando as providências quanto a apuração dos fatos. Disse também, que repudia veementemente qualquer manifestação de racismo e reforça que não tolera práticas discriminatórias em sua rede de ensino.

O que diz o bar sobre o caso

A Birosca disse que o caso de racismo ocorreu fora do estabelecimento, no espaço comum do Conic, e que buscou apartar a briga e proteger os envolvidos, inclusive contendo a acusada de injúria racial até a chegada da Polícia Militar (PMDF).

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