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Brasil

Confronto entre Polícia Militar e quilombolas deixa feridos no Marajó, no Pará

População protesta contra os preços das passagens cobradas pela empresa responsável pela travessia entre Salvaterra e Belém

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O clima na cidade de Salvaterra, na Ilha do Marajó, é considerado tenso. Na manhã desta quinta-feira (20), a tropa de choque da Polícia Militar entrou em confronto com a população que desde ontem interdita vários trechos da PA-154, que liga o município a Soure e a Cachoeira do Arari. Três pessoas foram detidas e encaminhadas à delegacia.

Durante a tentativa de desobstrução da via, tiros de borracha, bomba de gás e spray de pimenta foram usados pelas autoridades contra os manifestantes, a maioria de comunidades quilombolas que vivem na região. Há registros de feridos entre crianças e adultos.

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Segundo a população, a revolta se dá pela prática considerada, por eles, abusiva na cobrança dos preços das passagens das viagens hidroviárias que fazem a travessia entre Salvaterra e Belém, saindo do Porto do Camará, na cidade marajoara.

Os protestos iniciaram há quatro dias com os caminhoneiros se recusando a embarcar e desembarcar no porto da cidade, gerando engarrafamento e confusão no local e colocando sob ameaça o abastecimento de alimentos e combustíveis na ilha. Após negociação, os motoristas toparam liberar o tráfego, mas a população manteve o manifesto.

Os valores cobrados pela empresa responsável em operar o porto, segundo os motoristas, ultrapassam R$2.400,00, dependendo do tipo de carga. Já para as pessoas físicas, o reajuste teria subido de R$45,00 para R$52,00 a viagem pela lancha.

A Agência de Regulação e Controle dos Serviços Públicos de Transporte (Artran) informa que a nova tarifa no transporte de veículos ocorreu após estudo feito pela Artran, que levou em consideração o aumento dos custos do operador. O estudo de revisão tarifária constatou que os valores estavam defasados há três anos.

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O Ministério Público do Pará acompanha o caso. Nesta quarta-feira, os promotores se reuniram com representantes da sociedade civil, associação dos caminhoneiros e representantes da empresa e juntos acordaram um reajuste de 22% no valor da passagem de balsa cobrada aos caminhoneiros, valores estes reajustados de forma escalonada.

De acordo com a empresa Henvil, que opera o Porto, a administradora não entende o motivo das manifestações uma vez que os valores cobrados não teriam sofrido reajustes.

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