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Com greve de professores mantida, estudantes da rede pública do Distrito Federal continuam sem aulas

Negociação entre Sindicato dos Professores-DF e Governo do DF não avançou

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Greve de professores no DF começou em 2 de junho | Divulgação/Luzo Comunicação
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Com greve de professores mantida no Distrito Federal, estudantes da rede pública continuam sem aulas. O encontro dessa quinta-feira (5) ocorreu após o Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro-DF) solicitar à Câmara Legislativa (CLDF) e ao Tribunal de Justiça (TJDFT) uma intermediação junto ao Governo do Distrito Federal (GDF) a respeito da paralisação.

Em nota, a Secretaria de Educação do DF informou que número de escolas "totalmente paradas" diminuiu nessa quinta. "Agora, são 242 unidades com paralisação integral, o que representa cerca de 34% das 713 escolas da rede pública. As demais – aproximadamente 66% – seguem funcionando parcialmente, com uma média de 15% a 20% dos profissionais em paralisação", disse.

De acordo com o sindicato, representando o GDF, Gustavo Rocha, secretário da Casa Civil; Hélvia Paranaguá, secretária de Educação; e Ney Ferraz, secretário de Economia, apresentaram à comissão de negociação uma proposta contendo quatro itens:

  • Convocação de 3 mil professores e professoras em dezembro de 2025;
  • Prorrogação do concurso realizado em 2022;
  • Convocação de novo concurso público no segundo semestre;
  • Construção do calendário de reestruturação da carreira, com mediação do TJDFT e participação das secretarias Casa Civil, de Educação e de Economia, com conclusão em até 90 dias.

Mas a categoria considerou a proposta insuficiente para encerrar a greve, que começou no dia 2 de junho.

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Na segunda (9), os professores vão realizar assembleias regionais e, na terça (10), uma nova assembleia geral para definir os rumos da paralisação.

A Justiça do Distrito Federal considerou a greve ilegal e impôs uma multa de R$ 1 milhão por dia ao sindicato. Além disso, o TJDFT autorizou o corte de ponto dos profissionais que aderirem à paralisação. O Sinpro-DF recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) na quarta (4) contra a decisão.

Falando à imprensa nesta sexta (6), o governador Ibaneis Rocha (MDB) afirmou que vai "continuar lutando na Justiça" e que "essa greve é meramente política, não tem razão nenhuma". "Nós demos o reajuste, nós incorporamos a PED que eles pediram, ainda falta uma parcela para o pagamento e a multa é de R$ 1 milhão por dia, então vamos ver", completou.

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Reivindicações da categoria:

  • Reajuste de 19,8%;
  • Reestruturação do plano de carreira;
  • Diminuição do tempo para chegar ao topo da tabela salarial;
  • Pagamento do dobro do percentual de titulação atualmente aplicado para professores ou orientadores educacionais com especialização, mestrado e doutorado. Hoje, esses percentuais são, respectivamente, de 5%, 10% e 15% sobre o vencimento básico.

O que diz a Secretaria de Educação do Distrito Federal

"Esclarece que não cabe à pasta comentar decisões tomadas pela categoria. A proposta do Governo foi apresentada de forma oficial, com todos os termos discutidos em mesa de negociação. Quaisquer questionamentos sobre a continuidade da greve ou sobre os critérios que levaram à rejeição da proposta devem ser direcionados ao sindicato, responsável pela condução e representação do movimento."

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