Chuvas no RS: equipe do SBT relata desafios do deslocamento pelo estado
Por conta das chuvas, bloqueios e interdições complicam ainda mais a vida de quem tenta se deslocar pela região
Nathalia Fruet
Quase três semanas depois do início das inundações no Rio Grande do Sul, ainda é difícil se deslocar pelo estado. Sair de Porto Alegre e chegar ao Vale do Taquari, uma das regiões mais atingidas pelas cheias, não é simples, e o tempo para fazer o trajeto é mais que o dobro do normal.
Os repórteres do SBT Brasil relatam os desafios para se locomover pelo estado para a cobertura da tragédia que assola a região. Nesta quinta-feira (16), a equipe saiu de Porto Alegre para tentar chegar em Lajeado, no Vale do Taquari.
Normalmente, o trajeto de pouco mais de 100 quilômetros dura duas horas. No entanto, por causa dos bloqueios em rodovias estaduais e federais, o caminho está mais demorado e há o risco de não conseguir chegar.
Em entrevista ao SBT, Mateus, que mora em Esteio e trabalha em Santa Rita, desabafa sobre a falta de compreensão das empresas neste momento difícil. “A gente fala, mostra as imagens, a TV também mostra, mas mesmo assim, as empresas tentam forçar um pouco. Não tem o que fazer, né? A gente está empenhado aí no meio da água”, revela.
No meio do caminho, que requer atalhos por conta dos bloqueios das rodovias, tem muita gente com dúvida. “Nós estamos vindo de Porto Alegre, estamos mais perdidos que não sei o quê, agora queremos chegar em Lajeado”, conta a comerciante Rudimar da Rocha Franco.
O caminhoneiro Ezequiel Rodrigues revela que está viajando há dois dias trazendo doações e vai precisar de caminhos alternativos para chegar ao destino. “Vou fazer um monte de atalho para conseguir chegar em Campo Bom para entregar as doações lá”, revela.
O ministro dos Transportes, Renan Filho, no entanto, diz que há verba disponível para a reconstrução das estradas gaúchas. “Algumas delas demandarão mais tempo, mas nós vamos dar soluções pontuais de curto prazo para reestabelecer o fluxo”, garante.