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Censo 2022: Brasil tem 7% de analfabetos; desigualdade racial persiste

Taxa de analfabetismo é a menor desde o início da série histórica; disparidades etárias e regionais também são registradas

Censo 2022: Brasil tem 7% de analfabetos; desigualdade racial persiste
Brasil tem 93% de alfabetizados | Tânia Rego/Agência Brasil
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O Brasil tem 11,4 milhões de pessoas que não sabem ler e escrever um bilhete simples, segundo dados do Censo Demográfico de 2022, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (17). A taxa de analfabetismo no país é de 7%, a menor desde o início da série histórica. Em comparação com 2010 (9,6%), houve uma queda de 2,6 pontos percentuais.

Censo 2022 registrou a menor taxa de analfabetos | Reprodução/IBGE
Censo 2022 registrou a menor taxa de analfabetos | Reprodução/IBGE

Apesar da queda, as desigualdades raciais, etárias e regionais persistem. As taxas de analfabetismo de pretos e pardos são mais que o dobro das dos brancos. O número de indígenas que não são alfabetizados é quase quatro vezes maior na comparação com pessoas brancas.

Taxas de analfabetismo em pessoas com 15 anos ou mais:

  • Brancos – 4,3%
  • Amarelos – 2,5%
  • Pretos – 10,1%
  • Pardos – 8,8%
  • Indígenas – 16,1%

Idosos têm maior taxa de analfabetismo

Os idosos de 65 anos ou mais têm a maior taxa de analfabetismo no Brasil, 20,3%, segundo o Censo 2022. Ainda assim, esse é o menor número já registrado. Em 2000, o índice de idosos que não sabia ler ou escrever era de 38%, uma queda de 46,7% em 22 anos.

O grupo mais jovem, de 15 a 19 anos, tem taxa de analfabetismo de 1,5% em 2022. Segundo Betina Fresneda, analista da pesquisa, essa diferença é resultado da expansão educacional.

"Esse comportamento reflete, principalmente, a expansão educacional, que universalizou o acesso ao ensino fundamental no início dos anos 90, e a transição demográfica, que substituiu gerações mais antigas e menos educados por gerações mais novas e mais educadas", explica Betina.

Analfabetismo por região

A Região Sul continuou com a maior taxa de alfabetização, que aumentou de 94,9% em 2010 para 96,6% em 2022. Em seguida, está a da Região Sudeste, passando de 94,6% em 2010 para 96,1% em 2022.

Índice de analfabetismo por estado | Reprodução/IBGE
Índice de analfabetismo por estado | Reprodução/IBGE

A taxa da Região Nordeste permaneceu a mais baixa, apesar do aumento de 80,9% em 2010 para 85,8% em 2022. A segunda menor taxa de alfabetização é a da Região Norte, cujo indicador seguiu a tendência nacional, aumentando de 88,8% em 2010 para 91,8% em 2022, ficando um pouco mais próxima da Região Centro-Oeste, que passou de 92,8% em 2010 para 94,9% em 2022.

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