Janones bate-boca com deputados após se livrar de denúncia por "rachadinha"
Nikollas Ferreira e Janones foram separados por assessores, que evitaram que os dois fossem às vias de fato
O fim da sessão do Conselho de Ética da Câmara que arquivou a representação contra o deputado André Janones (Avante-MG) por prática de “rachadinha” terminou com discussões. Nikolas Ferreira (PL-MG) e Janones trocaram ofensas e tiveram que ser separados por assessores para não se agredirem.
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“Moleque golpista”, “bate rachadinha”, “você não é machão” e “vai tomar no c*” foram algumas das ofensas trocadas entre os deputados.
Em transmissão feita pelo pré-candidato à prefeitura da capital paulista Pablo Marçal (PRTB), Nikolas Ferreira (PL-MG) aparece trocando ofensas com o parlamentar. "Vamos lá fora então, que eu quero ver", provoca Nikolas.
Pouco depois, Janones tenta avançar na direção do deputado do PL e é contido por presentes, incluindo a deputada federal Jack Rocha (PT-ES). Janones chama Nikolas de "moleque golpista". Já o bolsonarista chama o adversário de "frouxo mentiroso" e "lixo".
Imagens do SBT mostram Janones saindo do plenário escoltado pela Polícia Legislativa, enquanto bate-boca com o deputado federal bolsonarista Éder Mauro (PL-PA) e tem seu paletó puxado pelo também bolsonarista Gustavo Gayer (PL-GO). Parlamentares começam a entoar "rachadinha" contra Janones.
Em corredor da Câmara, depois, o deputado Zé Trovão (PL-SC) tenta ir atrás do deputado do Avante e é contido.
Confira:
Arquivamento
Por 12 votos a cinco, o Conselho de Ética da Câmara decidiu pelo arquivamento do processo contra o deputado André Janones pela prática de rachadinha em seu gabinete. A votação desta quarta (5) aprovou o relatório de Guilherme Boulos, recomendando o arquivamento.
Boulos alegou em seu parecer que o caso ocorreu antes do atual mandato de Janones, iniciado em 2023. Como o caso ocorreu na legislatura anterior, não poderia ser analisado pelo Conselho agora, destacou o relator.
Em sua defesa no Conselho de Ética, Janones afirmou que os servidores faziam “contribuições espontâneas” e disse estar sendo vítima de “perseguição política”.