Brasil

Bruno Henrique, do Flamengo, é julgado no Pleno do STJD

Atacante foi suspenso por 12 jogos e condenado a multa de R$ 60 mil por manipulação esportiva, mas segue atuando com auxílio de um efeito suspensivo

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O atacante Bruno Henrique, do Flamengo, é julgado nesta segunda-feira (10) pelo Pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). Em setembro, ele foi suspenso por 12 partidas e condenado a pagar multa de R$ 60 mil por manipulação esportiva, mas seguiu atuando com auxílio de um efeito suspensivo. No domingo (9), ele fez um dos gols da vitória do time rubro-negro contra o Santos, em jogo válido pela 33ª rodada do Campeonato Brasileiro (acompanhe ao vivo acima).

Além do recurso de Bruno Henrique e do clube carioca, o Pleno do STJD também analisa um recurso da Procuradoria, que pede aumento de pena para o jogador. Ele foi enquadrado nos artigos 243 ("atuar deliberadamente, de modo prejudicial à equipe que defende") e 243-A do Código Brasileiro de Justiça Desportiva ("atuar, de forma contrária à ética desportiva, com o fim de influenciar o resultado de partida").

No julgamento da 1ª Comissão Disciplinar, realizado em 4 de setembro, Bruno Henrique foi condenado por violar o artigo 243-A e absolvido da acusação prevista no artigo 243. O recurso apresentado pela Procuradoria busca reverter a absolvição.

Segundo a acusação, o atacante obteve benefício pessoal ao avisar parentes sobre o cartão amarelo "forçado" em partida contra o Santos, válida pela Série A do Campeonato Brasileiro de 2023, e o episódio prejudicou o Flamengo, ao impactar a imagem do clube e o valor de mercado do atleta. Caso seja condenado, o jogador pode pegar até dois anos de suspensão.

Relembre o caso

Bruno Henrique já havia se tornado réu na Justiça do Rio de Janeiro, após o Ministério Público do Distrito Federal (MP-DF) apresentar denúncia por fraude em apostas esportivas. Também é réu no processo seu irmão, Wander Nunes Pinto Júnior.

Segundo o STJD, a investigação apontou que Bruno Henrique recebeu o cartão amarelo de forma deliberada, com o objetivo de beneficiar apostadores. "A conduta foi previamente comunicada a seu irmão, Wander, por meio de mensagens em aplicativo. O atleta teria repassado informação privilegiada visando fraudar evento vinculado ao Brasileirão 2023", afirmou o STJD.

Bruno Henrique foi enquadrado nos artigos 243 (parágrafo 1º) e 243-A do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, com pena de 360 a 720 dias. Além disso, suspensão de 12 a 24 partidas e multas que vão de R$ 100 a R$ 200 mil.

Além dele, foram denunciados mais quatro pessoas: Wander Nunes Pinto Júnior (irmão do jogador), Claudinei Vitor Mosquete Bassan, Andryl Sales Nascimento dos Reis e Douglas Ribeiro Pina Barcelos, todos próximos a Wander.

Ao SBT News, na época, a defesa do jogador negou irregularidades. "É absurda a alegação de que tomar um cartão nesse lance, em que sequer falta houve, tinha como objetivo influenciar no resultado da partida ou do campeonato que estava em disputa", disse o comunicado.

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