Brasil tem melhor Índice de Vulnerabilidade Social desde 2018, mas 70 milhões ainda vivem na pobreza
O índice é medido pelo estudo de três temas: infraestrutura urbana, capital humano e renda e trabalho pelo Ipea
Em 2022, o Brasil registrou o seu melhor Índice de Vulnerabilidade Social (IVS) desde 2018. Todas as 27 Unidades Federativas registraram um progresso em seu quadro socioeconômico, em comparação a 2021, se recuperando dos efeitos da pandemia.
Mato Grosso, Espírito Santo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, por sua vez, deixaram o nível de baixa vulnerabilidade e passaram a integrar o grupo de muita baixa vulnerabilidade. Amazonas, Alagoas, Maranhão, Paraíba e Sergipe passaram da faixa média vulnerabilidade social para o patamar de baixa vulnerabilidade.
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Essa é a análise, divulgada nesta quarta-feira (29), pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). O índice é medido pelo estudo de três temas: infraestrutura urbana, capital humano e renda e trabalho.
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Quanto menor for a marca do índice, melhor é do desempenho do país. Veja o patamar do Brasil nos anos anteriores:
- 2018: 0,238
- 2019: 0,236
- 2020: 0,241
- 2021: 0,249
- 2022: 0,213
Segundo o estudo, a manutenção dos pagamentos do Auxílio Emergencial, criado em 2020, que buscava diminuir os danos causados pelo coronavírus sobre a renda das famílias mais pobres ao lado dos benefícios desenvolvidos e oferecidos em 2022, durante a corrida eleitoral, além da recuperação do mercado de trabalho, foram determinantes para a recuperação do Brasil no ano.
Pobreza
Mesmo com a melhora nos quadros sociais, a pobreza ainda atinge 67,8 milhões e outras 12,7 milhões em situação de extrema pobreza, segundo o Censo de 2022. Vale lembrar que, pessoas em extrema pobreza, são aquelas que sobrevivem com menos de R$ 200 por mês.