Aeroportos do Brasil terão salas especiais para pessoas com transtorno do espectro autista a partir de 2025
Ministro Silvio Costa Filho garantiu que os 20 espaços terão adaptações e estímulos focados no bem-estar
Yumi Kuwano
O governo federal anunciou nesta terça-feira (5) um programa para criação de salas especiais em aeroportos para passageiros com transtorno do espectro autista (TEA) e outras neurodivergências.
De acordo com o Ministério de Portos e Aeroportos, a expectativa é implantar 20 salas do tipo até 2026 — as primeiras serão implementadas no primeiro trimestre de 2025. Os espaços terão adaptações para ajudar passageiros no deslocamento pelos terminais.
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Algumas salas vão oferecer estímulos sensoriais para o relaxamento, concentração e bem-estar, e outras terão estímulos reduzidos para acolher passageiros durante momentos de crise.
Segundo a pasta, cerca de 200 mil passageiros com essas características circulam anualmente pelos aeroportos brasileiros e a iniciativa visa dar melhores condições também aos familiares.
O ministro Silvio Costa Filho disse que a concessionária que fizer as três primeiras salas do país terão um olhar diferenciado na premiação dos melhores aeroportos do ano.
Também serão feitas reavaliações de procedimentos para melhorar a experiência do passageiro com TEA, tanto no voo quanto em solo; capacitação para os profissionais do setor, além da conscientização e sensibilização dos demais passageiros e profissionais.
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"Os espaços serão acessíveis a todas as faixas etárias e estarão disponíveis para passageiros com outras neurodivergências, garantindo um acolhimento inclusivo para todos”, informou o ministério
A iniciativa, integrada ao programa Viver sem Limites II, é inspirada em duas experiências de salas sensoriais instaladas pela Concessionária Zurich Airport nos aeroportos de Florianópolis e Vitória.