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Acidentes aéreos: Cenipa indica possíveis causas de 3 dos 5 casos fatais em 2025

Relatório preliminar aponta hipóteses para acidentes de Ubatuba (SP), Caieiras (SP) e Cruzília (MG)

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Três primeiros acidentes aéreos fatais de 2025: queda de avião em Ubatuba (SP) e quedas de helicóptero em Caieiras (SP) e Cruzília (MG) | Reprodução/SBT

O Centro de Investigações e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) divulgou, até o momento, três relatórios preliminares investigativos dos cinco acidentes aéreos que deixaram vítimas fatais em 2025.

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Os documentos indicam as possíveis causas das tragédias de Ubatuba, no litoral norte de São Paulo, Caieiras, Região Metropolitana de São Paulo, e Cruzília, interior de Minas Gerais, ocorridos em janeiro deste ano.

O Cenipa atua para concluir o relatório preliminar do avião de pequeno porte que caiu na zona oeste da capital paulista, na última sexta-feira (7), e da aeronave que explodiu ao cair no sul da Bahia, na segunda (10).

Ubatuba

Imagens da aeronave que caiu em Ubatuba, SP | Francisco Trevisan/SBT
Imagens da aeronave que caiu em Ubatuba, SP | Francisco Trevisan/SBT

O órgão aponta uma hipótese relacionada ao acidente de Ubatuba – "Runway Excursion" (RE) – que significa excursão de pista no pouso ou na decolagem. No caso, o Cenipa diz que "durante o pouso, a aeronave excedeu o limite longitudinal da pista e colidiu com o alambrado que limitava o sítio aeroportuário", parando apenas no mar.

O piloto da aeronave ficou preso entre as ferragens e morreu no local. Quatro passageiros sobreviveram no acidente, ocorrido em 9 de janeiro.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) explica que o RE ocorre por "vários fatores contribuintes, que vão desde uma aproximação desestabilizada até condições impróprias de aderência da pista".

Caieiras

Helicóptero com quatro ocupantes cai em meio a temporal em SP
Helicóptero com quatro ocupantes cai em meio a temporal em SP

No dia 16 de janeiro, uma queda de helicóptero deixou um casal morto. Duas pessoas sobreviveram – o piloto e a filha de 12 anos das vítimas.

O Cenipa apontou que houve colisão com solo em voo controlado (CFIT, em inglês). O CFIT ocorre quando há uma colisão ou quase-colisão com terreno, água ou obstáculo, durante o voo controlado, ou seja, sem falhas na aeronave, de acordo com a Anac.

"Durante o voo, a aeronave colidiu contra um grupo de árvores e, posteriormente, contra o solo, em uma área de clareira", diz relatório preliminar do Cenipa.

A Agência Nacional de Aviação aponta que perda de consciência, excesso de confiança na pilotagem e falta de cuidado aos detalhes são as principais causas para a ocorrência do CFIT.

Cruzília

 A aeronave era utilizada para pulverização de plantações e retornava à Fazenda Chalé quando ocorreu o acidente | Reprodução
A aeronave era utilizada para pulverização de plantações e retornava à Fazenda Chalé quando ocorreu o acidente | Reprodução

No interior de Minas, em Cruzília, um acidente envolvendo um helicóptero que fazia pulverização de plantações de uma fazenda matou o piloto, o gerente da propriedade e uma auxiliar administrativa, no dia 27 de janeiro.

O relatório preliminar do Cenipa aponta como hipótese a perda de controle em voo (LOC-I, em inglês). Isso acontece em casos quando o piloto não consegue controlar a aeronave, como em situações de estol, movimento conhecido como parafuso.

A LOC-I "pode ser causada por diversos fatores, tais como a desorientação espacial, falha ou avaria de sistemas da aeronave, danos na estrutura da aeronave ou por eventos meteorológicos adversos", explica a Anac.

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