Aumento da cesta básica em novembro impacta maioria das capitais
Manaus lidera com aumento de 5%.Arroz e carne suína registram aumentos em todas as capitais, contrastando a queda acumulada de 6,2% no último semestre
Sandra Santos
Sete de oito capitais analisadas apresentaram aumento no valor médio da cesta de consumo básica de alimentos no mês de novembro/23, em comparação com o mês anterior. Os dados são da plataforma Cesta de Consumo HORUS & FGV IBRE.
Manaus e Rio de Janeiro tiveram os maiores aumentos, com 5% e 3,8%, respectivamente, enquanto Curitiba registrou uma redução de 2,2%. No entanto, a cesta mais cara continua sendo a do Rio de Janeiro (R$ 921,37), seguida por São Paulo (R$ 813,87) e Fortaleza (R$ 695,91), enquanto Belo Horizonte (R$ 611,45), Curitiba (R$ 668,68) e Manaus (R$ 669,29) apresentaram os valores mais baixos.
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Entre os 18 produtos da cesta básica, arroz, carne suína e legumes aumentaram de preço em todas as regiões. O arroz tem sido impactado pela oferta escassa global, pela entressafra no Brasil e pelas condições climáticas adversas no Rio Grande do Sul, o principal produtor nacional.
O aumento nos preços das proteínas está relacionado ao El Niño, causando calor e chuvas fora de época, afetando as safras para alimentação animal e o tempo necessário para a engorda dos animais. Além disso, a expectativa de maior demanda durante as festas de fim de ano influencia os preços para cima.
Apesar da tendência geral de aumento de preços, alguns produtos tiveram quedas em quase todas as capitais, como ovos, café em pó e em grãos. Considerando a variação acumulada nos últimos seis meses, a cesta básica teve redução em seis das oito capitais, variando de -4,5% a -0,9%, enquanto os aumentos foram de 2,9% e 3,1% nos outros dois estados.
No caso da cesta de consumo ampliada, que inclui bebidas, higiene e limpeza, houve elevação em quatro das oito capitais, com aumentos de 0,2% a 4,1%. O comportamento acompanhou a tendência da cesta básica, indicando que o aumento de preços afetou não apenas itens básicos, mas também outros produtos frequentemente adquiridos pelos consumidores.
O aumento do valor da cesta básica em novembro reflete a elevação nos preços de produtos essenciais, como arroz e proteínas animais, afetando principalmente os consumidores de baixa renda, cuja maior parcela do orçamento doméstico é destinada à alimentação.