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Greve do Metrô e CPTM em São Paulo irá até a meia-noite, diz sindicato

Paralisação começou no início da madrugada e afeta quatro linhas do Metrô e seis da CPTM. O trânsito em São Paulo ficou intenso no início da manhã

Greve do Metrô e CPTM em São Paulo irá até a meia-noite, diz sindicato
Greve atinge linhas do Metrô de SP
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O Sindicato dos Metroviários de São Paulo informou que a greve dos trabalhadores do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) irá até a 0h desta 4ª feira (29.nov). A paralisação de 24 horas foi iniciada às 0h desta 3ª feira (28.nov) e atingiu quatro linhas do Metrô e seis da CPTM. O trânsito em São Paulo ficou intenso no início da manhã. O pico chegou a 630 km de congestionamento. Na greve anterior, ocorrida no dia 3 deste mês, o engarrafamento registrado no mesmo horário foi de 598 km. Já o pico do trânsito, no mesmo dia, foi às 18h30, com 767 km de extensão. 

Os trabalhadores prometem fazer um protesto na tarde desta 3ª feira em frente à Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).

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Em nota, o sindicato alegou que a greve tem como objetivo chamar a atenção da população contra as privatizações de empresas do estado. "O governador Tarcísio acelerou o processo de privatização. No Metrô e na Fundação Casa, através dos editais de terceirização. Na Sabesp, com envio do PL que tramita em caráter de urgência na Alesp. Enquanto isso, na educação, impõe um corte de 10 bilhões", diz a nota. "Uma das principais consequências das privatizações em todo o mundo é a demissão para redução de custos. Isso ficou explícito no caso da Enel: desde que essa empresa privada assumiu o serviço de energia, reduziu em 36% o quadro de funcionários."

O governador Tarcísio de Freitas afirmou em entrevista coletiva pela manhã que "as desestatizações, os estudos para concessões, não vão parar". "Não adianta fazer greve com esse mote", disse o governador. "Vamos continuar estudando, vamos continuar tocando, porque  dissemos que faríamos isso. A operação da Sabesp vai acontecer no ano que vem, podem ter certeza disso, e vai ser um grande sucesso", acrescentou. Tarcísio ressaltou que "não há conciliação possível, não há negociação, porque vamos continuar seguindo o programa de governo, vamos continuar estudando concessões e privatizações". 

Em liminar, a Justiça do Trabalho determinou que o Metrô e a CPTM deverão operar com 80% do efetivo em horários de pico (4h às 10h e 16h às 21h) e de 60% nos demais horários. Caso descumpram a determinação, cada sindicato poderá receber multa de até R$ 700 mil. No caso da Sabesp, o percentual de trabalhadores que devem atuar é de 80%.

Oficiais de Justiça estiveram nos Centros de Controle Operacional (CCO) dos setores para verificar o cumprimento da decisão judicial. Em nota, o governo paulista informou que os percentuais não vêm sendo cumpridos, com as linhas funcionando parcialmente.

Sobre a paralisação, o governador confirmou que o Metrô atingiu 88% de adesão à greve, e que não cumpriu o percentual de trabalhadores em atividade definido pela Justiça. "Vamos pegar quem desrespeitou a decisão, se foi escalado para cumprir aquela decisão. Então, estamos adstritos aos limites impostos ali pelo Judiciário, que impôs aquele percentual e nós escalamos as pessoas para cumprir aquela decisão. Se as pessoas não cumpriram, elas são passíveis de sanção. E vamos estudar qual sanção vamos aplicar", disse Tarcísio.

Trânsito intenso

O rodízio de veículos foi suspenso. A cidade de São Paulo registrou, às 8h30 desta 3ª feira (28.nov), 581 km de lentidão nas vias, 11 km a mais que a média de 570 km de trânsito no horário.

Às 10h35, a capital paulista registrou 450 km de lentidão. Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), as zonas mais afetadas no momento são a Sul, com 124 km de lentidão, e a Oeste, com 112 km. A Zona Leste, por sua vez, contabiliza 108 km de trânsito, enquanto a Norte tem 55 km e o Centro 53 km.

A greve do Metrô e da CPTM, que acontece em conjunto com a Companhia de Saneamento Básico do Estado (Sabesp) e professores estaduais, foi decidida na 2ª feira (27.nov). A paralisação é feita em oposição aos projetos de privatização do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), que incluem as linhas de trem e o saneamento básico.

Metrô

Linha 1- Azul: funcionando de Tiradentes até Ana Rosa com intervalo de 6 minutos
Linha 2- Verde: Alto do Ipiranga até Clínicas com intervalo de 6 minutos
Linha 3-Vermelha: Bresser até Santa Cecília com intervalo de 5 minutos
Linha 15- Prata: fechada

CPTM

Linha 7- Rubi: funcionando de Luz a Caieiras com intervalo de até 8 minutos
Linha 10- Turquesa: fechada
Linha 11-Coral: Luz até Guaianases com intervalo de até 6 minutos
Linha 12- Safira: Brás até Calmon Viana com intervalo de até 8 minutos
Linha 13- Jade: Engenheiro Goulart até Aeroporto de Guarulhos com intervalo de até 30 minutos
Linha 10 - Turquesa: Com a chegada mais profissionais na CPTM, a previsão é que a linha funcione das 10h às 15h entre as estações Brás e Mauá.

As linhas 4-Amarela e 5-Lilás do Metrô e 8-Diamante e 9-Esmeralda da CPTM, operadas pela iniciativa privada, não foram afetadas. Em todas as estações, as integrações estão funcionando.

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