Tarcísio promete punir funcionários que participarem de greve nesta 3ª
Governador de SP disse que decisão judicial sobre funcionamento do Metrô e da CPTM deve ser cumprida
Camila Stucaluc
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou que irá identificar e punir os funcionários do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) que aderirem à greve desta 3ª feira (28.nov). A paralisação começou à 0h e ocorre em conjunto com a Companhia de Saneamento Básico do Estado (Sabesp).
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Para não prejudicar a população, a Justiça determinou que 80% dos serviços do Metrô e 85% da CPTM deverão operar nos horários de pico, com 60% nos demais períodos, sob pena de multas diárias de R$ 700 mil e R$ 600 mil aos respectivos sindicatos. Segundo Tarcísio, a ideia é "sancionar" os funcionários que descumprirem a decisão judicial.
"O que a gente vai fazer dessa vez? Vamos designar os servidores que terão de cumprir a ordem judicial. Quem vai ter que cumprir aquele percentual? (Serão os servidores) A, B, C, D. Vamos fazer essa designação. Porque é importante a gente descobrir quem descumpriu a ordem judicial. Não o sindicato, não a coletividade. Qual é o servidor que se recusou a cumprir a ordem judicial", disse o governador, sem especificar a punição.
A greve conjunta, a segunda em dois meses, acontece como forma de protesto contra o plano de privatizações do governo paulista para o Metrô e a CPTM. Trabalhadores da Sabesp também resolveram cruzar os braços, uma vez que a proposta de desestatização da companhia já foi aprovada pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp).
Durante a coletiva, Tarcísio descartou a possibilidade de liberar as catracas do sistema de transporte sobre trilhos -- ideia proposta pelos grevistas. "Não temos como controlar o fluxo. Se acontecer um acidente, teremos falhado. É o motivo pelo qual nenhum governo libertou a catraca. E nós também não vamos liberar", justificou.
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Estima-se que 4,6 milhões de passageiros sejam prejudicados pela greve no Metrô e na CPTM. Em meio ao cenário, o governo paulista decretou ponto facultativo nesta 3ª feira, enquanto a capital suspendeu o rodízio de veículos. As frotas de ônibus, por sua vez, funcionarão com reforço para auxiliar o trajeto da população.