Corpo de Diego Bomfim, assassinado em quiosque no RJ, será velado hoje no interior de SP
Ortopedista era irmão da deputada federal Sâmia Bomfim; cerimônia deve começar às 17h
Camila Stucaluc
O corpo do médico ortopedista Diego Ralf Bomfim, assassinado a tiros em um quiosque no Rio de Janeiro (RJ), será velado nesta 6ª feira (6.out), em Presidente Prudente, no interior de São Paulo. O corpo do ortopedista foi liberado pelo Instituto Médico Legal (IML) Afrânio Peixoto, na capital fluminense, no fim da tarde de 5ª feira (5.out).
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O enterro está programado para começar às 9h de sábado (7.out), no Cemitério Municipal Campal, no Residencial Anita Tiezzi. A deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP), irmã de Diego, já desembarcou em Presidente Prudente para acompanhar os preparativos do funeral. Ela está acompanhada do marido e também parlamentar Glauber Braga (PSOL-RJ).
"Eu e minha família agradecemos por todas as mensagens de solidariedade. Expresso também nossas condolências aos familiares de Marcos e Perseu. Meu irmão era um homem incrível, carinhoso, alegre, nosso orgulho. Que haja celeridade e seriedade na investigação. Estamos destroçados", escreveu a deputada nas redes sociais.
Diego Bomfim estava no Rio para participar do 6° Congresso Internacional de Cirurgia Minimamente Invasiva do Pé e Tornozelo. Ao lado de outros três amigos -- Marcos de Andrade Corsato, Perseu Ribeiro Almeida e Daniel Sonnewend Proença --, o ortopedista estava em um quiosque na Barra da Tijuca quando os disparos começaram.
Assim como Diego, Marcos e Perseu não resistiram aos ferimentos e morreram. Daniel, por sua vez, sobreviveu ao ataque, mesmo sendo atingido por três tiros. Ele foi internado no Hospital Municipal Lourenço Jorge, onde, após algumas horas, apresentou quadro de saúde estável. Pelas redes sociais, familiares de Daniel fizeram apelos por orações ao médico.
Investigação
O ataque gerou uma grande repercussão no Brasil, fazendo com que o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, incluísse a Polícia Federal no acompanhamento do caso. Imagens de câmera de segurança do quiosque onde as vítimas estavam mostram três homens de preto chegando à 0h59 no local e disparando contra os médicos.
Informações preliminares apontam que os três ortopedistas foram mortos por engano e que Perseu pode ter sido confundido com o miliciano Taillon de Alcântara Pereira Barbosa. As suspeitas passaram a ser investigadas pois Taillon Barbosa saiu da prisão no final de setembro e era frequentador da área onde foi registrado o crime, na orla da Tijuca.
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Na noite de 5ª feira (5.out), quatro corpos que supostamente seriam dos autores da execução dos três médicos foram encontrados. Três dos corpos foram localizados em um veículo na rua Abrahão Jabour, em Jacarepaguá, enquanto o quarto corpo estava em outro veículo, na Avenida Tenente-Coronel Muniz de Aragão, na Gardênia Azul. Ambos os locais ficam na zona oeste da cidade do Rio.