Caso Elisa: buscas por menina desaparecida chegam ao 6º dia no Pará
Justiça expediu um mandado de prisão contra um suspeito que está foragido

Amanda Garcia
As buscas pela menina Elisa Ladeira Rodrigues, de 2 anos, que desapareceu no último sábado (16.set), na zona rural do município de Anajás, na Ilha do Marajó, chegaram ao 6º dia nesta 5ª feira (21.set). O caso é investigado sob sigilo pela delegacia de Anajás com o apoio da Divisão de Homicídios em Belém.
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A polícia ouviu dois homens que podem estar envolvidos no desaparecimento de Elisa. Um deles prestou depoimento e foi liberado. Já o outro, identificado como Renan, foi levado ao local onde a menina foi vista pela última vez para ajudar na reconstituição, mas conseguiu escapar. A Justiça já expediu um mandado de prisão temporária contra ele.
Segundo o delegado Thiago Diniz, Renan é uma pessoa de interesse para a investigação porque foi a última pessoa a ter contato com a menina. Essa informação foi confirmada pelas outras crianças que estavam brincando com Elisa quando ela desapareceu. A população e as forças de segurança estão empenhadas nas buscas, mas a cada dia as esperanças diminuem. Ainda segundo o delegado, pela idade da criança, é pouco provável que ela seja encontrada com vida.
A polícia continua ouvindo depoimentos e poucos vestígios foram encontrados até agora. Uma mancha de sangue foi coletada no provável local do desaparecimento, mas ainda passará por perícia para saber se é material humano.
O caso de Elisa se soma a um histórico de violações registradas há décadas na Ilha do Marajó. Para a freira Marie Henriqueta Ferreira Cavalcante, presidente do Instituto de Direitos Humanos Dom Luiz Azcona e referência no combate à exploração e violência sexual de crianças e adolescentes na região, a pobreza e a impunidade estão por trás dessa realidade. Segundo ela, há uma certa carência de serviços que compõem a rede de garantia de direitos de crianças e adolescentes.