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Brasil

Solidariedade expulsa advogado que ofendeu Moraes e Barroso em julgamento no STF

Hery Kattwinkel Júnior também foi alvo de críticas após confundir "O Príncipe" com "O Pequeno Príncipe"

Imagem da noticia Solidariedade expulsa advogado que ofendeu Moraes e Barroso em julgamento no STF
Advogado do réu Thiago Mathar criticou ministros do STF | Reprodução
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O advogado Hery Kattwinkel Júnior, que defendeu o segundo réu do julgamento dos atos golpistas de 8 de janeiro no Supremo Tribunal Federal (STF), foi expulso do partido Solidariedade na noite de 5ª feira (14.set). A decisão foi tomada após o advogado disparar ofensas contra os ministros Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso.

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"A direção municipal do Solidariedade em Votuporanga-SP não compactua com a postura do profissional em atacar a Suprema Corte. Deliberamos pela expulsão do membro, reiterando o nosso respeito às leis brasileiras, nosso compromisso com a Democracia e o respeito às instituições públicas brasileiras", disse o Solidariedade, em nota.

Kattwinkel Júnior estava fazendo a defesa de Thiago de Assis Mathar, acusado de participar da depredação dos prédios dos Três Poderes em Brasília, quando criticou a conduta de Moraes. O advogado afirmou que o ministro "inverte o papel de julgador" e "passa de julgador a acusador". "É um misto de raiva com rancor quando se fala dos patriotas", disse.

Logo depois, Kattwinkel Júnior usou uma informação falsa creditada a Barroso para defender o cliente, dizendo que o ministro teria afirmado que "a eleição não se ganha, se toma". Barroso desmentiu a fala, informando que a frase foi dita pelo senador Messias de Jesus, em 2021, que, na época, citou a manipulação das eleições feitas com voto impresso.

A atitude do advogado foi criticada por Moraes, que classificou a defesa como um "discurso de ódio para postar nas redes sociais". O ministro ainda comentou sobre o despreparo de Kattwinkel Júnior, que, durante a sustentação oral, confundiu o livro "O Príncipe", de Nicolau Maquiavel (1469-1527), com o livro "O Pequeno Príncipe", de Antoine de Saint-Exupéry (1900-1944).

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"O réu aguarda que seu advogado venha aqui defender tecnicamente, mas o advogado não analisou nada, não analisou associação criminosa, dano, porque o advogado preparou um discursinho para postar em redes sociais. É muito triste, e só não seria mais triste ou é mais triste, porque ainda confundiu 'O Príncipe' de Maquiavel com 'O Pequeno Príncipe' de Antoine de Saint-Exupéry que são obras que não tem absolutamente nada a ver", disse Moraes.

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