Investigador desaparecido foi executado pelo "Tribunal do Crime" em São Paulo
Policial estava desaparecido desde o domingo e teria sido enterrado em um cemitério clandestino
SBT News
O policial civil Fernando José Duarte da Silva, de 41 anos, desaparecido desde domingo (13.ago), foi executado pelo "Tribunal do Crime", segundo a polícia.
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O investigador desapareceu depois de uma corrida de carro, na região do bairro Butantã, na zona sul de São Paulo. Ele também trabalhava como motorista de aplicativo. Segundo as investigações, Fernando foi assaltado e os criminosos encontraram a carteira funcional dele.
O investigador não estava armado e teria sido executado pelo chamado "Tribunal do Crime", comandado pela facção criminosa PCC, na comunidade de Paraisópolis, e enterrado em um cemitério clandestino, no limite entre os municípios de Embu das Artes e Itapecerica da Serra, na grande São Paulo.
Um relatório de inteligência da Polícia Civil revelou que o rastreamento do telefone celular dele mostra que, por cerca de três horas, o policial foi mantido refém na comunidade de Paraisópolis. O local, segundo a Polícia Civil, é usado como uma espécie de quartel-general pela facção Primeiro Comando da Capital, o PCC. A decisão de matar o policial teria sido de dois integrantes da facção, conhecidos como Caio e Negreti.
O desaparecimento e a falta de resposta da cúpula da Segurança Pública criou um mal-estar entre os policiais civis. O investigador passava por um tratamento de saúde mental, tinha problemas de dependência química e estava em férias quando desapareceu. Ele chegou a postar vídeos em redes sociais que mostram um certo descontrole emocional.
A revolta dos policiais civis é porque, independentemente dos problemas pessoais, Fernando trabalhava como motorista de aplicativo para completar o baixo salário. O delegado-geral de polícia, Artur Dian, disse que acompanha o caso e tem total empenho na localização do investigador.