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Brasil

Ex-comandante da PMDF teria transportado ilegalmente R$ 1 milhão em dinheiro

PGR levanta novas informações sobra a possível omissão da cúpula da PM nos atos golpistas

Imagem da noticia Ex-comandante da PMDF teria transportado ilegalmente R$ 1 milhão em dinheiro
ex-comandante de Operações da PM/DF, Jorge Eduardo Naime
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A Procuradoria-Geral da República levantou novas informações sobre os policiais militares do Distrito Federal presos por omissão nos atos golpistas de 8 de janeiro. O ex-comandante de operações da PM, Jorge Eduardo Naime, teria transportado, ilegalmente, R$ 1 milhão em espécie de São Paulo para Brasília.

Na investigação, a PGR apontou indícios de corrupção de Jorge Eduardo Naime. Segundo a denúncia, Naime usou a estrutura da polícia para transportar esse dinheiro, sem declaração e extraoficialmente. Em junho de 2021, o oficial teria enviado esse montante a um homem chamado Sérgio Barbosa de Assis, sócio da Pico Comunicação.

A PGR revelou que o militar teria "relações econômicas aparentemente ilícitas" com Assis. O objetivo do transporte ilegal do dinheiro seria dificultar a identificação da origem dos valores.

Os indícios de irregularidades não param por aí: para a PGR, Naime também usava o cargo de presidente da Associação dos Oficiais da PM do Distrito Federal para desviar parte do dinheiro da contribuição dos próprios colegas.

Naime assinou um contrato no valor de R$ 8.900,00 mensais por supostos serviços da Pico Comunicação, mas a partir da semana seguinte à assinatura, o mesmo Sérgio de Assis começou a pagar R$ 8 mil mensais a Naime. Portanto, dos R$ 8.900,00 que saíam do caixa da associação, R$ 8 mil voltavam para o bolso do militar e R$ 900,00 eram retidos por Assis.

Por não ter ligação direta com os ataques às sedes dos Três Poderes, a Procuradoria pediu ao ministro do STF, Alexandre de Moraes, o envio dessa parte da denúncia ao ministério público do DF.

Outro militar que recebeu atenção especial na denúncia da PGR, foi o ex-comandante geral da corporação, Fábio Augusto Vieira. No dia dos ataques, segundo a procuradoria, o militar atuou sozinho e como "um soldado errático" apenas para justificar uma "falsa narrativa" de que não se omitiu.

Em nota, a defesa do ex-comandante da PM, Fábio Vieira, afirmou que a PGR demonstrou desconhecimento sobre o regulamento da Polícia Militar, e insistiu que o caso exige mais rigor técnico e menos tentativa de arrebatar apoio popular.

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