Novo advogado de Mauro Cid diz que cliente "apenas cumpria ordens"
Militares envolvidos na venda ilegal de joias da Presidência seguem trabalhando normalmente
SBT News
O novo advogado de Mauro Cid, César Bittencourt, mudou a estratégia de defesa e afirmou que o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro "apenas cumpria ordens" no esquema de venda de bens da Presidência, e pontuou que a obediência na hierarquia militar é obrigatória.
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Junto com Cid, na investigação da Polícia Federal estão outros militares - da Marinha e do Exército - entre eles o primeiro-sargento Jairo Moreira da Silva.
O comando da Marinha informou que Jairo - autor do depósito de R$ 17 mil em dinheiro em uma conta de Cid - segue na ativa e não há procedimento administrativo interno contra ele.
Foi a mando de Cid que Jairo tentou reaver os diamantes apreendidos pela Receita Federal no Aeroporto de Guarulhos, no ano passado. O salário bruto dele é cerca de R$ 14 mil.
Outro militar da Marinha que segue na ativa normalmente é o primeiro-tenente Marcos André Soeiro, que trouxe os diamantes da Arábia Saudita e tentou passar pela inspeção da Receita sem declarar as joias avaliadas em mais de R$ 5 milhões. O militar também recebe R$ 14 mil.
No Exército - Marcelo Costa Câmara - assessor que coordenava o acervo da Presidência na gestão Bolsonaro - já está na reserva e com vencimentos de R$ 26 mil.
O primeiro-tenente Adriano Alves Teperino - que guardou os comprovantes dos depósitos fracionados feitos na conta de Michelle Bolsonaro - segue na ativa com salário bruto de R$ 19 mil.
O segundo-tenente do Exército, Osmar Crivelatti, investigado por vender e recuperar os bens nos Estados Unidos, segue na segurança de Bolsonaro, com um salário de R$ 18 mil.