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"Não cultivamos em Minas a cultura da exclusão" diz Pacheco sobre Zema

Presidente do Senado rebate declarações do governador de Minas

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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), rebateu, nesta 2ª feira (7.ago), as declarações do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo-MG). Em uma publicação no Twitter, Pacheco disse que "não cultivamos em Minas a cultura da exclusão. JK [Juscelino Kubitschek], o mais ilustre dos mineiros, ao interiorizar e integrar o Brasil, promoveu a lógica da união nacional. Fiquemos com seu exemplo. Ao valoroso povo do Norte e Nordeste, dedico meu apreço e respeito. Somos um só país".

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A publicação do senador Rodrigo Pacheco endossa a nota do Consórcio do Nordeste, que reúne os nove estados da região. Os governadores reagiram às declarações do governador de Minas Gerais, Romeu Zema.

O que disse Romeu Zema?

"Tem muita coisa que um Estado faz melhor que o outro. Também já decidimos que além do protagonismo econômico que temos, porque representamos 70% da economia brasileira, nós queremos - que é o que nunca tivemos - protagonismo político. Outras regiões do Brasil, com Estados muito menores em termos de economia e população, se unem e conseguem votar e aprovar uma série de projetos em Brasília. E nós, que representamos 56% dos brasileiros, mas que sempre ficamos cada um por si, olhando só o seu quintal, perdemos. Ficou claro nessa reforma tributária que já começamos a mostrar nosso peso. Eles queriam colocar um conselho federativo com um voto por Estado. Nós falamos, não senhor. Nós queremos ser proporcional à população. Por que sete Estados em 27, iríamos aprovar o quê? Nada. O Norte e Nordeste é que mandariam. Aí, nós falamos que não. Pode ter o Conselho, mas proporcional. Se temos 56% da população, nós queremos ter peso equivalente."

O que disseram os governadores nordestinos?

O Consórcio Nordeste foi criado "com o objetivo de fortalecer a região, unindo os estados em torno da cooperação e compartilhamento de melhores práticas e solução de problemas comuns".

"Negando qualquer tipo de lampejo separatista, o Consórcio Nordeste imediatamente anuncia em seu slogan que é uma expressão de "O Brasil que cresce unido". Enquanto norte e nordeste apostam no fortalecimento do projeto de um Brasil democrático, inclusivo e, portanto, de união e reconstrução, a referida entrevista parece aprofundar a lógica de um país subalterno, dividido e desigual".

Por fim, a nota do Consórcio do Nordeste afirma ainda que "a união regional dos estados do nordeste e, também os do norte, não representa uma guerra contra os demais estados da federação, mas uma maneira de compensar, pela organização regional, as desigualdades históricas de oportunidade de desenvolvimento". Leia o documento completo ao fim do texto.

Tréplica do governador

A entrevista do governador Romeu Zema virou alvo de críticas também dos partidos de centro e de parte da direita. A fala dele foi vista como separativa - na contramão do que vem pregando o presidente Lula. O governador Romeu Zema, por sinal, era visto - até às declarações - como pré-candidato da direita na disputa presidencial de 2026.

Na tentativa de minizar os prejuízos, Zema usou o Twitter para manifestar a tréplica diante das repercussões da entrevista que concedeu. Disse que "a união do Sul e Sudeste jamais será para diminuir outras regiões" e que "a distorção dos fatos provoca divisão, mas a força do Brasil está no trabalho em união", concluiu.

Outras repercussões

Guilherme Boulos é deputado federal pelo Psol de São Paulo e pré-candidato ao governo paulista em 2026.

Renato Casagrande é governador do Espírito Santo (PSB-ES)

Rafael Fonteles é governador do Piauí (PT-PI)

Aécio Neves é deputado federal pelo PSDB de Minas Gerais

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