Uso de drones aumenta no Brasil e chega à agricultura
Segundo a ANAC, o crescimento foi de 76% em 2022 em relação a 2021
Rafael Bianco
A agricultura brasileira tem uma das maiores frotas de drones do mundo, só perde para o países asiáticos. São mais de dois mil equipamentos cadastrados como drones agrícolas no sistema de aeronaves não tripuladas da ANAC, a Agência Nacional de Aviação Civil.
+ Leia as últimas notícias no portal SBT News
O aumento na busca pelas aeronaves não tripuladas para o trabalho no campo tem explicação: a redução de custo da produção, principalmente no controle de pragas e doenças. Na Unesp de Botucatu, no interior de São Paulo, os pesquisadores trabalham com as aeronaves desde 2019. Segundo eles, enquanto um trator leva um dia para pulverizar 14 hectares, um drone cobre a mesma área em apenas uma hora
Além disso, a tecnologia dos drones permite uma pulverização precisa, direcionada e controlada, reduzindo consideravelmente a quantia de insumos utilizados e diminuindo os riscos de contaminação do solo e da água. " A gente consegue ajustar pra fazer aplicações bastante sustentáveis com nível de segurança muito grande. É mais seguro para o entorno da área de aplicação, pessoas, animais e florestas", diz Alisson Augusto Barbieri, professor da Unesp.
Na fazenda em que o engenheiro agrônomo Fabiano Baldacim da Silva trabalha na região de Jaú, no interior de São Saulo, a lavoura é monitorada e tratada com a ajuda dos drones. Além da pulverização de adubos e defensivos, as aeronaves também lançam tubos de papelão cheios de insetos que vão ajudar no controle da praga da cana-de-açucar. Para o engenheiro, outra grande vantagem do uso de drones é diminuir o impacto no solo que um trator, por exemplo, causaria.
O trabalho da Unesp de Botucatu com drones foi selecionado entre oito projetos brasileiros para participar de um evento na Suécia no fim do ano.
LEIA MAIS:
