Justiça reduz pena de suposto espião russo preso no Brasil
Serguei Vladimirovich Tcherkasov foi detido na Holanda tentando se passar por cidadão brasileiro
O Tribunal Regional Federal da 3ª Região decidiu, na última 4ª feira (26.jul), reduzir a pena do suposto espião. Serguei foi condenado em primeira instância a mais de 15 anos de prisão por uso de documento falso. Com a decisão, Serguei, que atualmente está em presídio de segurança máxima, poderá migrar para o regime semiaberto.
+ Leia as últimas notícias no portal SBT News
Na manhã desta 5ª feira (27.jul), o ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou, no Twitter, que o suposto espião russo Serguei Vladimirovich Tcherkasov permanecerá preso no Brasil. Os governos da Rússia e dos Estados Unidos solicitaram a extradição.
De acordo com Dino, a decisão foi tomada a partir de parecer técnico acerca dos pedidos dos dois países.
"Quanto ao cidadão russo Serguei Vladimirovich Cherkasov, esclareço que o parecer técnico do Ministério da Justiça, acerca de dois pedidos de extradição, está embasado em tratados e na lei 13.445/2017. No momento, o citado cidadão permanecerá preso no Brasil", publicou o ministro em redes sociais.
Entenda
O suposto espião russo foi preso em abril de 2022 por autoridades holandesas sob a acusação de uso de documentos falsos. Serguei apresentou papéis brasileiros e se passou por cidadão brasileiro ao tentar ingressar em uma vaga de trabalho no Tribunal Penal Internacional (TPI).
Os policiais holandeses indicaram que ele seria um agente Departamento de Inteligência das Forças Armadas da Rússia. Serguei, então, foi deportado para o Brasil e foi denunciado pelo crime de falsidade ideológica pelo Ministério Público Federal, em 2022.
A Rússia solicitou a extradição de Serguei com o argumento de que ele seria procurado no país por tráfico de drogas.
Já os EUA afirmam que ele esteve no país, também utilizando a falsa identidade brasileira.