Lula autoriza atuação das Forças Armadas na segurança da cúpula do Brics
Evento econômico será realizado entre os dias 6 e 7 de julho, no Rio de Janeiro

Camila Stucaluc
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) autorizou a atuação das Forças Armadas para garantir a segurança da cúpula do Brics, que será realizada no Rio de Janeiro, nos dias 6 e 7 de julho. O decreto de garantia da lei da ordem (GLO) foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União de terça-feira (1º).
Segundo a portaria, fica permitido o emprego das Forças Armadas na cidade entre os dias 2 e 9 de julho. Militares do Exército, Marinha e Aeronáutica atuarão em pontos específicos para garantir a segurança das autoridades que comparecerão à cúpula, incluindo em vias de chegada e saída do aeroporto:
- Museu de Arte Moderna;
- Marina da Glória;
- Monumento Estácio de Sá;
- Hotel Fairmont Copacabana;
- Locais de hospedagem das delegações dos chefes de Estados;
- vias de ida e de volta das comitivas entre os locais de hospedagem, o
- MAM o Hotel Fairmont Copacabana;
- Vias de chegada e de saída entre o Aeroporto Internacional Tom Jobim
- Locais de hospedagem, incluindo as linhas Amarela e Vermelha e vias da Zona Sul.
No caso da Força Aérea Brasileira (FAB), serão usados caças F-5M armados com mísseis para monitorar o espaço aéreo durante o evento. Isso significa que aeronaves que não tiverem autorização para pouso ou invadirem áreas restritas estarão sujeitas a interceptação e até mesmo a possibilidade de abate.
+ Cúpula do Brics: Aeroporto Santos Dumont será temporariamente fechado
“Quanto antes conseguirmos interceptar uma aeronave e usar os meios necessários, melhor. Por isso decidimos equipar os caças com esses mísseis, para aprimorar nosso tempo de resposta”, disse o comandante de Operações Aeroespaciais, Tenente-Brigadeiro do Ar Alcides Teixeira Barbacovi.
O que é o Brics?
O Brics é um mecanismo internacional de cooperação econômica e desenvolvimento formado por África do Sul, Arábia Saudita, Brasil, China, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia, Índia, Irã e Rússia — além de países parceiros. Neste ano, o Brasil assumiu a presidência do bloco, com foco em dois eixos: a reforma da governança global e a cooperação entre países do Sul Global.