Apenas 4,3% dos quilombolas moram em terras regularizadas
Foram identificados 494 Territórios quilombolas oficialmente delimitados
A pesquisa "Censo 2022 - Quilombolas: Primeiros Resultados", estudo inédito do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrou que somente 4,3% da população quilombola residem em territórios titulados.
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Assim, 95,67% dessa população (ou 1.270.360 pessoas) não obtiveram os títulos definitivos de suas terras no processo formal de regularização fundiária. As maiores proporções de quilombolas em territórios titulados foram observadas no Pará (28,09%), Amapá (14.09%) e Goiás (11,61%).
Além disso, somente 12,6% da população quilombola residem em territórios oficialmente delimitados.
Foram identificados 494 Territórios Quilombolas oficialmente delimitados, presentes em 24 estados e no Distrito Federal.
Mais da metade (53,4%) da população quilombola residente em territórios delimitados vivia no Nordeste, totalizando 89.350 pessoas. No entanto, esse número corresponde a apenas 9,9% dos quilombolas presentes nesta região.
A região Norte tem 31,3% de sua população quilombola residindo em territórios delimitados, a maior proporção entre as cinco grandes regiões. São 52.012 pessoas, ou 31,1% do total de quilombolas que vivem em territórios delimitados formalmente no país.
Entre estes territórios, o de Alcântara/MA tinha a maior população quilombola residente (9.344), seguido por Alto Itacuruçá, Baixo Itacuruçá, Bom Remédio/PA (5.638) e Lagoas/PI (5.042).
Segundo Fernando Damasco, Gerente de Territórios Tradicionais e Áreas Protegidas, as áreas foram compiladas pelo IBGE a partir de dados do INCRA e dos órgãos estaduais e municipais com competências fundiárias.