Impostos sobre combustíveis voltam a ser cobrados a partir de julho
Redução no preço da gasolina, que entrou em vigor nesta 6ª, tenta reduzir impacto da volta da tributação
Soane Guerreiro
Entrou em vigor nesta 6ª feira (16.jun), a nova redução no preço da gasolina, anunciada pela Petrobras na 5ª. Conforme a medida, o valor do combustível vendido às distribuidoras caiu de R$ 2,78 para R$ 2,66. Na bomba, a expectativa é que o litro passa a custar, em média, R$ 5,33.
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No entanto, de acordo com o presidente da Sindicombustíveis do Distrito Federal, Paulo Tavares, ainda deve demorar um pouco para que essa redução chegue aos consumidores.
"As distribuidoras, elas têm um estoque muito grande. Não dá para você ter um estoque velho de um produto que custou mais caro e, imediatamente, repassar toda a redução, porque ela vai ter prejuízo", argumenta Tavares.
Mesmo assim, muitos motoristas correram para abastecer - e teve quem de fato encontrasse preços menores. "Aqui eu já sentir a diferença, mas tem uns postos que ainda estão cobrando R$ 5,59 e R$ 5,57. Ajuda, mas poderia ser melhor", diz um deles.
A nova redução pode ser uma tentativa de amenizar o impacto do aumento dos impostos no preço da gasolina, já que, a partir deste mês, os estados passarão a cobrar um valor fixo do ICMS, de R$ 1,22. Além disso, a partir de 1º de julho, voltarão a ser cobrados outros tributos sobre a gasolina e o etanol, como o Pis/Cofins e a Cide.
Para o economista e professor do IBMEC, Renan Silva, a situação no mercado internacional, com a atividade econômica em baixa, permite este tipo de manobra e evita danos à popularidade do governo.
"Como o mercado está favorecendo a queda do preço, é um momento bom. Ele se antecipa ao movimento, baixa o preço para que você tenha ali a nulidade e, no caso, não causa nenhuma repercussão ou nenhuma oneração adicional para o preço ao consumidor", explica o economista.
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