Corpo da modelo e jornalista Lygia Fazio é enterrado na Grande SP
Lygia morreu após complicações provocadas pela aplicação de silicone industrial no corpo
Fernanda Trigueiro
O corpo da modelo e jornalista Lygia Fazio foi enterrado nesta 5ª feira (1°.jun), em Taboão da Serra, na Grande São Paulo. Ela morreu depois de passar por uma série de complicações provocadas pela aplicação de silicone industrial no corpo.
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Lygia Fazio tinha 40 anos e há um mês sofreu um AVC. Ela começou a ter problemas de saúde há três anos, depois de fazer procedimentos estéticos, teve uma série de infecções, trombose, embolia pulmonar e problemas renais.
"Ela sempre precisava fazer uma coisa, fazer mais e mais, e olha aí, hoje eu estou no enterro da minha amiga", diz Vanessa Ruggero.
Todas as complicações e o estado de saúde debilitado de Lygia Fazio foram provocados pelas substâncias proibidas usadas para aumentar o bumbum. O silicone industrial é uma delas, um produto usado para lustrar pneus e painéis de carros.
De acordo com o cirurgião plástico Luiz Anizio, a combinação do silicone com o PMMA, um tipo de plástico líquido comum em preenchimentos corporais, pode ser perigosa: "o silcone industrial é extremamente proibido, é extremamente contaminado, ele vai arrebentar o corpo da pessoa. O PMMA está liberado pela Anvisa, mas para quantidades pequenas 1,2, 3, 4, 5ml, ele não é indicado, por exemplo, pra aumento de glúteos, pra aumento de tríceps, pra aumento de mama".
E foi justamente essa mistura que Lygia aplicou. No ano passado ficou internada por mais de 100 dias, um mês na UTI. Lygia deixa dois filhos pequenos. Na despedida, o irmão da modelo lamentou a constante busca pela beleza. "A gente acabou de perder uma pessoa que tem 40 anos né, e não era pra ela ter morrido por causa dessa busca, muito difícil", disse George Oliveira.
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