Pacto Contra a Fome é lançado em São Paulo com presença de políticos
Ação une setores privado e público no combate à insegurança alimentar no país

Gudryan Neufert
33 milhões de brasileiros não têm o que comer e 125 milhões sofrem com a insegurança alimentar. Além disso, o Brasil é um dos países que mais desperdiçam alimentos. Pra acabar com esses problemas, foi lançado nesta 3ª feira (23.mai), em São Paulo, o Pacto Contra a Fome, que une setores privado e público numa só força.
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A estimativa é que o Brasil desperdice 55 toneladas de alimentos por ano, oito vezes mais do que o necessário para acabar com a fome no país.
"Esse é um papel do Pacto Contra a Fome, um dos pilares é articulação, é trabalhar muito nessa questão de juntar todos esses saberes de todos esses setores", afirma Geyze Diniz, co-fundadora do Pacto.
O governo federal se comprometeu a participar do novo pacto. As ações devem começar por São Paulo, Rio de Janeiro, Pará, Ceará, Pernambuco e Maranhão.
"Nós temos que garantir uma rede, junto à sociedade civil organizada, o terceiro setor, de cultura, de conscientização em relação a isso, da mão que planta a semente até quem come, passando pelo transporte e pela distribuição desses alimentos", afirma a ministra do Planejamento, Simone Tebet.
Kiko Afonso, do Ação da Cidadania, instituto fundado pelo sociólogo Netinho, lembrou que o Brasil saiu do mapa da fome em 2013, mas voltou em 2018: "a gente tem um horizonte que gente vê essa curva mudando a partir do ano que vem. A gente tem um ano pela frente, e fazer com a gente atenda o emergencial que é combater a fome".
O Conecting Food, por exemplo, é uma empresa que faz a ponte entre quem pode doar e quem precisa comer. "A gente tem que ressignificar nossa relação com alimentação, a gente olha ele como produto e não é só isso tem toda uma questão humana, ele tem uma vida social", diz a CEO Alcione Pereira.
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