Aumenta a procura por graduação no mercado da beleza no Brasil
Muitos salões e clínicas de estética só têm contratado quem tem diploma ou esteja cursando universidade
Iasmyn Nascimento
O mercado da beleza não para de crescer no país, exigindo dos profissionais do setor mais qualificação. E é justamente para atender essa demanda que as universidades estão oferecendo cada vez mais cursos de graduação e especializações na área. Somente em 2021, foram realizadas mais de 49 mil matrículas para cursos de Estética e Cosmética, um aumento de 9% em relação há 5 anos (comparado com 2017).
Existem três grandes graduações para formar profissionais de beleza, segundo a professora universitária Cristina Duarte Lepore. "Nós temos a estética tradicional, que trata dos cuidados com face, corpo, couro cabeludo, a graduação focada em maquiagem profissional e a graduação com ênfase em visagismo e terapia capilar", explica.
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O estudante Thiago Carrasco está no último ano da graduação de Estética com Especialização em Visagismo. Ele abandonou uma carreira na área de relações internacionais para se dedicar ao mercado da beleza. "Foi a melhor escolha que fiz na minha vida", afirma Carrasco. Ele ainda ressalta a importância da graduação para se manter no mercado. "Se você não tem o estudo e o aprofundamento, você acaba ficando para trás.", diz.
Já Micaela Manvailer está finalizando a graduação em Estética. Escolheu a profissão seguindo os passos da avó, mas reconhece que de lá pra cá, o mercado e as oportunidades de formação mudaram muito. "Há 35 anos quando ela começou nessa área, era muito diferente. Não tinha essa opção de ter uma faculdade de estética e ser formada. Hoje a área cresceu muito e a tendência é crescer mais.", completa.
A proprietária de um salão especializado em visagismo, Ruth Damaris, explica que prioriza a contratação de profissionais que estejam cursando a graduação ou com o diploma na mão. "Para ser cabeleireiro aqui tem que ter uma formação visagista e ser uma pessoa com coração muito bom, que entenda o ser humano", completa a profissional.
É como pensa também a estudante de estética, Julia Hartog Vendramine, que se apaixonou pela profissão justamente por poder ajudar na autoestima das pessoas. "É você cuidar de algo bem delicado em cada um e despertar a autoestima pelo toque e pelo cuidado."