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Brasil

Amapá tem surto de síndromes gripais e governo decreta emergência em saúde

Unidade de Pronto Atendimento Infantil do Hospital da Criança e do Adolescente tem superlotação

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Criança usando inalador (Reprodução)
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O governador do Amapá, Clécio Luís (Solidariedade), decretou, neste sábado (13.mai), emergência em saúde pública no estado, devido a um surto de síndromes gripais e Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) que vem ocorrendo no público infantil no território amapaense.

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Com a assinatura do decreto, diz o governo, "medidas emergenciais começaram a ser adotadas para conter os casos, que aumentaram mais de 300% de janeiro até a primeira semana de maio deste ano".

Há superlotação na unidade de Pronto Atendimento Infantil (PAI) do Hospital da Criança e do Adolescente (HCA), em Macapá. "De acordo com a Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS), o quadro é provocado pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR), agente causador de doenças como a bronquiolite, inflamação que dificulta a chegada do oxigênio aos pulmões. Também há casos de influenza A e B e covid-19", acrescenta o governo, em comunicado.

O Executivo estadual avisou o Ministério da Saúde sobre o quadro epidemiológico do Amapá. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), é necessário ampliar a vacinação contra a gripe, pois, até este sábado, somente 16% da população infantil do território amapaense que pode tomar a vacina (6 meses a 6 anos incompletos) tomou. A menor cobertura vacinal é observada em Macapá, Oiapoque, Santana e Laranjal do Jari.

O governo ressalta que, por causa do surto, aumentou o número de leitos clínicos e de Tratamento Intensivo (UTI), reforçou o oxigênio para as unidades de saúde, aumentou os plantões entre os profissionais de saúde e reativou o Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública (Coesp), com reforço da Associação dos Municípios (Ameap) e do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems).

Além disso, deu início, na noite de 6ª feira (12.mai), à transferência de pacientes do HCA para um hospital privado de Santana (AP). Conforme o vice-governador, Teles Júnior (PDT), chama a atenção que o público infantil "é muito sensível, vulnerável". "Então é mais do que importante a participação dos pais na percepção dos sintomas, o que ajuda no controle, para evitar a superlotação dos hospitais. Esse problema não é restrito na rede pública, também há problemas na rede privada. Temos carência na pediatria, então é importante que esses cuidados sejam feitos, em conjunto ao governo, dentro de casa".

Aumento

O governo do Amapá explica que, de 1º de janeiro até o dia 6 de maio, o estado apresentou aumento de 53,11% no número de casos de síndromes gripais, e de 108,33% da forma mais grave da doença, em comparação com o mesmo período de 2022.

"Até a última 5ª feira (11.mai), a rede hospitalar pública e privada registrava mais de 190 casos de internação, sendo 29 entubadas. Desses, 109 se concentravam no Hospital da Criança e do Adolescente e Pronto Atendimento Infantil, com 22 crianças na Unidade de Tratamento Intensivo. A maioria dos pacientes possui idade entre 7 meses e 4 anos", complementa.

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