RJ: educação estadual anuncia greve a partir de 17/05
Professores reivindicam a implementação do piso salarial do magistério
Em assembleia realizada nesta 5ª feira (11.mai), no Clube Municipal, professores e profissionais da área administrativa do ensino público do Rio decidiram, com maioria massiva da categoria, uma greve por período indeterminado a partir da próxima 4ª feira (17.mai).
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Os profissionais da categoria reivindicam ao governador do estado, Cláudio Castro (PL), a implementação do piso salarial do magistério e dos funcionários administrativos baseado no salário mínimo nacional, de R$ 1.320.
A categoria ainda aprovou a realização de nova assembleia na 5ª (18. mai), no Largo do Machado, zona sul do Rio. Na sequência será realizada um passeata até a sede do governo estadual, no Palácio Guanabara.
Na última 4ª feira (10.mai), o governo apresentou ao Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Estado do Rio de Janeiro (Sepe), através de reunião com a secretária estadual de Educação, Roberta Pontes, um projeto de incorporar o piso nacional do magistério.
Entretanto, o projeto só reajusta os salários que estão abaixo do piso. Conforme a Secretaria Estadual da Educação (Seeduc), apenas 42% dos profissionais ativos e 33% dos aposentados receberiam o reajuste, que no caso seria uma forma de abono.
Além disso, o plano não reajustaria salários de funcionários do setor administrativo como merendeiras, agentes e porteiros.
"A Secretaria de Estado de Educação enfatiza que o aumento concedido pelo governo é o pagamento do piso nacional no vencimento base para todos os cargos e níveis do magistério que não recebem o valor correspondente ao piso nacional de R$ 4.420,55 para professores de 40h. Essa era uma reivindicação antiga da categoria, já que o piso nacional não era pago desde 2015", disse o sindicato, em nota,
Pior salário da categoria
O Rio de Janeiro paga o pior salário mínimo do Brasil para docentes da rede estadual de ensino com piso de R$ 1.588 (18 horas semanais), enquanto o piso nacional é de R$ 4.420 e funcionários administrativos recebem menos que um salário mínimo, em sua maioria.
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