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Brasil

Rita Lee escreveu "profecia" sobre a repercussão de sua morte

Em autobiografia, a rainha do rock zombou das possíveis homenagens:" posso imaginar as palavras de carinho de quem me detesta"

Imagem da noticia Rita Lee escreveu "profecia" sobre a repercussão de sua morte
Trecho de autobiografia da Rita Lee
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Em autobiografia publicada em 2016, a cantora e compositora Rita Lee escreveu sobre como imaginava que seria a reação das pessoas diante de sua morte. 

A rainha do rock brasileiro morreu no fim da noite de 2ª feira (8.mai), aos 75 anos. Ela havia sido diagnosticada com câncer de pulmão em 2021 e vinha fazendo tratamentos contra a doença.

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Desbocada e irreverente, Rita Lee escreveu bem ao seu estilo: "Quando eu morrer, posso imaginar as palavras de carinho de quem me detesta. Algumas rádios tocarão minhas músicas sem cobrar jabá, colegas dirão que farei falta no mundo da música, quem sabe até deem meu nome para uma rua sem saída. Os fãs, esses sinceros, empunharão capas dos meus discos e entoarão "Ovelha negra", as tvs já devem ter na manga um resumo da minha trajetória para exibir no telejornal do dia e uma notinha no obituário de algumas revistas há de sair. Nas redes virtuais, alguns dirão: 'Ué, pensei que a veia já tivesse morrido, kkk' ".

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Para os políticos, a cantora deixa um claro recado: "Nenhum político se atreverá a comparecer ao meu velório, uma vez que nunca compareci ao palanque de nenhum deles e me levantaria do caixão para vaiá-los. Enquanto isso, estarei eu de alma presente no céu tocando minha autoharp e cantando para Deus: 'Thank you lord, finally sedated' (obrigada Deus, finalmente sedada) "

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Ao fim, a cantora escreve o que gostaria que fosse o seu epitáfio: "Ela nunca foi um bom exemplo, mas era gente boa".

Na obra de 296 páginas, que concorreu ao Prêmio Jabuti de 2017, Rita Lee também relembra momentos da carreira artística, infância e adolescência, o abuso de álcool e drogas, o seu relacionamento com Roberto de Carvalho e sua vida, já reclusa em um sítio em Cotia, Região Metropolitana de São Paulo, onde morreu nesta 2ª feira ao lado da família e seus animais de estimação. 

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