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Base parlamentar pró-Bolsonaro tenta trabalhar narrativas de inocência

Entre os 5 mil posts publicados, entre 4ª e 5ª, os 5 de maior alcance são em defesa do ex-presidente

Base parlamentar pró-Bolsonaro tenta trabalhar narrativas de inocência
pessoa teclando no celular
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Um dia depois da operação da Polícia Federal (PF) que mirou em Jair Bolsonaro (PL) e em aliados de primeira hora do ex-presidente, como o ex-segurança e ajudante de ordens Mauro Cid, parlamentares aliados trabalham na criação de narrativas de inocência nas redes sociais.

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Nas últimas 24 horas, na Câmara dos Deputados, por exemplo, entre os 5.263 posts publicados entre 4ª (3.mai) e esta 5ª feira (4.mai) pelos parlamentares, os cinco de maior alcance (volume de interações) foram em defesa de Bolsonaro e representaram 8,5% do volume total de interações (compartilhamentos, comentários, curtidas e retuítes). O mesmo padrão se repete no Senado entre os 590 posts produzidos pelos senadores nas últimas 24 horas.

Os dados são do levantamento feito pela consultoria de análise de dados Bites. A empresa apurou o efeito do dia seguinte à operação e a reação do bolsonarismo nas redes. O estudo revela que mesmo sem publicar em seus perfis oficiais no Twitter, Facebook e Instagram desde 16 de abril, o ex-presidente, Jair Bolsonaro tem mobilizado a tropa de choque e amplificado apenas um aspecto da história -- que no caso concreto envolve a suposta manipulação de dados oficiais da base do Ministério da Saúde, num esquema de cartões falsos de vacinação da Covid-19. 

Narrativas

Segundo o estudo, os apoiadores de Bolsonaro atuam para fortalecer a ideia de que o Ministério Público Federal (MPF) "inocentou o ex-presidente" quando a Procuradoria-geral da República (PGR), na verdade, não concordou com o posicionamento do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O magistrado autorizou a busca e apreensão da Polícia Federal na casa de Bolsonaro e aliados dele. 

O chamado ecossistema de informação digital, estimulado durante a administração do ex-presidente, e que contaria com sites, influenciadores e blogs, está trabalhando intensamente e de maneira unificada, de acordo com apuração da empresa Bites. O que importa para eles é: não perder o foco e se concentrar em uma única mensagem para ser amplificada. Desde os posts de maior propagação dentro do Facebook, passando pelas notícias que estão conseguindo maior amplitude digital com o compartilhamento das informações e o conteúdo publicado por deputados e senadores.

Ranking

Das 25 buscas que registraram maior aumento nesse intervalo sobre Bolsonaro, cinco estão relacionadas ao contexto da PGR. E os estados mais interessados no assunto são Rio de Janeiro, Minas Gerais, Piauí e o Distrito Federal. Outra consulta associada com o objetivo de comparar Bolsonaro com a época da Lava Jato traz a foto das malas com dinheiro encontradas no apartamento do ex-deputado Geddel Vieira Lima. 

Quando se analisa o que aconteceu no Google nos últimos 90 dias sobre Bolsonaro, é possível verificar que ontem não foi o dia de maior interesse sobre o ex-presidente. Esse pico ocorreu em 30 de março quando Bolsonaro voltou ao Brasil.

A Bites avalia ainda que nas redes sociais, a atuação dos deputados Eduardo Bolsonaro, Bia Kicis, Carla Zambelli, Gustavo Gayer e do senador Magno Malta têm sido decisiva nessa propagação da narrativa. 

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