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Membros de grupo neonazista voltam a ser presos em SC

Com os dez homens foram apreendidos materiais de apologia às ideias nazistas e supremacista

Membros de grupo neonazista voltam a ser presos em SC
policial prendendo um homem
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Dez suspeitos de serem membros de um grupo neonazista voltaram a ser presos após uma decisão da Justiça de Santa Catarina. Eles haviam sido presos em novembro de 2022, mas tiveram a prisão preventiva revogada no início de abril, sob entendimento de que não haveria provas concretas de que representariam perigo em liberdade. Com o despacho do TJSC, do dia 18 de abril, o grupo voltou para a prisão.

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Saiuri Reolon, Rafael Romann, Miguel Angelo Gaspar Pacheco, Laureano Vieira Toscani, João Guilherme Correa, Julio Cezar de Souza Flores Júnior, Igor Alves Vilhaça Padilha, Gustavo Humberto Byk, Fabio Lentino e Rodrigo de Jesus Tavares foram flagrados em um encontro neonazista, em um sítio de São Pedro de Alcântara (SC), em 14 de novembro de 2022.

Durante as investigações foram apreendidos materiais de apologia às ideias nazistas e supremacistas, além de incitação violenta e preconceituosa. Também foram encontradas adagas, canivetes e munições.

Materiais apreendidos com o grupo neonazista | Reprodução/TJSC

As novas prisões foram decretadas agora sob o argumento de que os homens "são integrantes de organização criminosa que tem como finalidade a promoção de discursos de ódio, racismo e idolatria ao nazismo. Agem de forma organizada para alcançarem rápido crescimento e maior engajamento, inclusive rompendo as barreiras entre os Estados para tanto". 

Ainda segundo o desembargador Ernani Guetten de Almeida, eles "seriam, supostamente, braço de uma semelhante organização internacional, organizada hierarquicamente e que condiciona o alcance pelo grupo de posição mais elevada na organização ao cometimento de crimes de ódio com recurso à violência".

Fabio Lentino tem tatuado no braço o símbolo nazista do 'Sol Negro' | Reprodução/TJSC

As prisões foram efetuadas em dias distintos ao longo da última semana e ocorreram após recurso do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC). "Não foi divulgado antes de todos estarem presos para não frustrar o cumprimento dos mandados. Alguns foram presos em casa, outros no local de trabalho e alguns se apresentaram na delegacia", declarou o delegado Arthur Lopes, da Delegacia de Repressão ao Racismo e a Delitos de Intolerância. Ainda de acordo com ele, em uma das prisões foram apreendidos materiais ligados ao grupo.

Dos dez presos, cinco são do Rio Grande do Sul, três de Santa Catarina, um do Paraná e outro de Minas Gerais. Os integrantes do grupo neonazista são réus em uma ação penal, sendo acusados de associação para cometer crimes de praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.

*Com colaboração do SCC10

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