Ipec: melhora no ensino pode coibir violência nas escolas
Pesquisa mostra que, para 96% dos brasileiros, a educação é a forma mais eficiente de prevenir ataques
Gudryan Neufert
Pesquisa Ipec, encomendada pelo Instituto "Todos pela Educação", mostra que, para 96% dos brasileiros, a maneira mais eficiente de coibir a violência nas escolas é melhorar a qualidade do ensino público. Conforme o levantamento, problemas como a pobreza e a desigualdade também seriam resolvidos por meio de mais investimento em educação.
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O estudo indica ainda que 57% da população concorda que os novos governantes estão comprometidos com a melhoria da escola pública; já 38% não acredita. Para 94% dos entrevistados, a educação deveria ser uma das três prioridades dos governos estaduais.
O otimismo sobre o futuro, porém, não é unânime: enquanto 60% apostam na melhoria, 32% não acreditam que o ensino vá progredir nos próximos quatro anos. A pesquisa mostrou que, para 73%, ricos e pobres não recebem educação com a mesma qualidade.
"A gente é um país muito desigual, tem problemas de segurança pública, indicadores de saúde ruins, todos esses problemas precisam de uma solução também educacional. Você não consegue resolver esse problema sem passar pela educação", afirma o gerente de políticas educacionais do "Todos pela Educação", Ivan Gontijo.
Para a diretora do Centro de Políticas Educacionais da FGV, Cláudia Costin, priorizar a alfabetização e as aulas em período integral são medidas que podem criar mais oportunidades para as próximas gerações. Mas, por enquanto, é preciso proteger alunos e professores.
"Evidentemente, no curto prazo, uma série de medidas de segurança devem ser adotadas. Mas, o que resolve esse problema, no médio e longo prazo, é educar para a paz, garantir um ambiente escolar saudável", conclui a educadora.
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