Polícia faz nova apreensão de K9 na Grande São Paulo
As apreensões da droga deste ano já superam as realizadas desde 2021
Luciano Teixeira
A polícia de São Paulo fez, nesta 2ª feira (24.abr), uma nova apreensão da droga sintética conhecida por K9. O entorpecente mistura produtos químicos, como gasolina e solvente, além outras drogas. As apreensões deste ano já superam as realizadas desde 2021.
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Dois homens foram presos em flagrante por tráfico de drogas, em Osasco, na região metropolitana de São Paulo. Os suspeitos estavam com grande quantidade de entorpecentes, entre eles o K9, embrulhados com fitas amarelas.
Além de K9, a droga também é chamada de Spice, maconha sintética ou super maconha. Ela vem se espalhando rapidamente, principalmente entre os usuários moradores de rua.
As apreensões deram um salto este ano em São Paulo. Entre janeiro e abril foram 17,8 kg de K9, mais do que a soma dos dois anos anteriores. Em 2021, foram 5,7 kg, e em 2022, 11,6 kg.
Segundo a polícia, a droga existe há 15 anos, porém ficou mais conhecida a partir de 2020, quando começou a se espalhar nos presídios dominados por uma facção criminosa. De acordo com especialistas, o entorpecente é altamente alucinógeno e pode levar à morte.
A droga é uma mistura de várias substâncias tóxicas: codeína, gasolina, ácido clorídrico, iodo, fósforo, solvente de tinta e até heroína. O efeito físico mais visível é a pele necrosada, além de feridas e abcessos.
"A pele vai ter um processo inflamatório difuso no organismo e a pele vai 'apodrecer'. Todo músculo fica alterado e, às vezes, para você tratar, você tem que tratar cirurgicamente e às vezes você tem que amputar", explica o neurologista do Hospital Israelita Albert Einstein, Wanderley Cerqueira de Lima.
A polícia teme mais uma epidemia das drogas, entre tantas, desta vez com o K9. "Isso preocupa porque é mais uma variedade de droga que é exposta ao usuário, principalmente ao usuário de baixa renda", diz o delegado Fernando Góes Santiago.
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