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Brasil

Lula erra na comunicação e afeta a sua popularidade, diz cientista político

Leandro Gabiati avalia dados da pesquisa Quaest e diz que capital político do petista é restrito

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A pesquisa Quaest que mostra a queda da popularidade de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o aumento significativo da rejeição aponta que o capital político do presidente é restrito e ele não tem margem para erros. A avaliação é do doutor em Ciência Política Leandro Gabiati, que afirma que um dos principais erros do governo é a comunicação. Ele diz que Lula precisa fazer correção de rumos em seus discursos, caso contrário, pode continuar perdendo apoio da população. 

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"O crédito político do presidente Lula tem é restrito, ele não tem margens para erros. Lula disputou uma eleição polarizada, se elegeu com uma margem de votos mínima, o capital político do presidente também é reduzido. Se o governo não entregar resultados e não mudar o rumo do que a gente vem observando até aqui, não será fácil para o governo", avaliou em entrevista ao Poder Expresso, no SBT News.

A nova pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta 4ª feira (19.abr), que ouviu 2.015 eleitores entre os dias 13 e 16 de abril, apontou que o índice de rejeição de Lula aumentou em comparação a um estudo anterior feito em fevereiro. 36% disseram aprovar a gestão do petista, 4 pontos percentuais a menos, enquanto 29% desaprovam, um crescimento de 9 p.p. A margem de erro do levantamento é de 2,2 p.p para mais ou menos.

"Vamos mencionar aqui algumas pautas que causaram desgaste no presidente: o confronto com o senador Sergio Moro, a polêmica recente em relação à guerra entre Ucrânia e Rússia. Ou seja, há deficiências na comunicação, pautas mal escolhidas, ou seja, assuntos que não são relevantes talvez para a população, mas que o presidente Lula traz à tona. Isso aí gera frustração", observou o especialista.

A pesquisa Quaest perguntou quais notícias sobre o governo os eleitores consideram mais negativas. Respondida de forma espontânea pelos participantes, a taxação da Shein e Shopee, foi a mais lembrada, 16% dos retornos.

Ao analisar o desgaste que o governo enfrentou ao decidir taxar compras internacionais de até US$ 50, Gabiati ressaltou que as falhas de comunicação não vêm só do presidente. "Como exemplos, a primeira dama falando sobre um assunto que é tecnicamente complexo. Tivemos o ministro da Fazenda também demonstrando, até propositalmente, desconhecimento sobre essas plataformas de comércio, tão comuns entre a população brasileira", listou.

*Estagiário sob supervisão de Roseann Kennedy

Veja a entrevista:

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