Justiça alemã mantém prisão de brasileiras acusadas injustamente de tráfico
Segundo a PF, elas foram vítimas de uma quadrilha que trocava etiquetas de bagagens em aeroporto
Adriana Bueno
A Justiça da Alemanha decidiu manter a prisão de duas brasileiras acusadas, injustamente, de tráfico internacional de drogas. As goianas Kátyna Baía e Jeanne Paolini estão detidas há um mês no país, e passaram por audiência de custódia, nesta 4ª feira (05.abr).
As duas viajaram de férias para a Europa quando foram detidas no Aeroporto de Frankfurt, após a polícia encontrar 40 quilos de cocaína em malas que tinham etiquetas com os nomes das brasileiras.
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Depois da prisão, no dia 05 de março, a Polícia Federal começou a investigar o caso, e encontrou indícios de que elas não estavam levando a droga para a Alemanha.
Com o andamento das investigações, os policiais descobriram que, no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, agia uma quadrilha que trocava etiquetas de bagagens para enviar entorpecentes para o exterior. Nesta 3ª feira (04.abr), seis funcionários de empresas terceirizadas foram presos.
O juiz e o promotor que conduziram a audiência de custódia, em Frankfurt, pediram acesso a toda a investigação, bem como aos vídeos dos aeroportos de Santa Genoveva, em Goiânia, e de Guarulhos, em São Paulo.
As provas obtidas pela Polícia Federal devem ser enviadas à Alemanha pelo Ministério Público Federal e pelo governo brasileiro, por meio do Ministério da Justiça e do Itamaraty.
"Atualmente, eles só tiveram acesso à parte de imagens e textos elaborados pela Polícia Federal. Mediante essas documentações que estão pendentes, que eles gostariam de ter acesso aos vídeos, aí sim, eles estão dispostos a analisar a possibilidade de soltura das duas", afirma a advogada das brasileiras, Luna Provázio Lara de Almeida.
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