Chuvas provocam crateras de 70 metros profundidade no Maranhão
Tempestades causaram estragos em cidades do Norte e Nordeste
Samira Benoliel
Chuvas fortes seguem provocando prejuízos em cidades das regiões Norte e Nordeste do país. Em Rio Branco, no Acre, pelo menos 2 mil pessoas estão desabrigadas em decorrência das tempestades.
No Ceará, uma surgiu em uma rodovia que liga a região do Cariri, no interior do estado, à Paraíba. Dois carros foram engolidos. Sete pessoas ficaram feridas e foram socorridas para um hospital da região; um deles está internado em estado grave.
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A tempestade fez com que 8 cidades do Ceará entrassem em situação de emergência. No município de Senador Pompeu, estradas foram bloqueadas pelas cheias, e a prefeitura decretou estado de calamidade pública.
No Maranhão, as chuvas e a erosão provocaram abismos de 70 metros de profundidade na cidade de Buritipicu, a 400 quilômetros de São Luís. As crateras gigantes ameaçam engolir casas. Ao todo, 27 famílias precisaram ser retiradas de áreas de risco e foram encaminhadas para abrigos.
Em Manaus, mais de 170 famílias estão abrigadas em escolas depois de perderem as casas nas chuvas, no último fim de semana. É um socorro provisório, até que a prefeitura libere um auxílio aluguel de R$ 600. Para recomeçar, as vítimas dependem da solidariedade de quem doa alimentos, colchões e produtos de higiene.
Ainda no Amazonas, um deslizamento deixou duas crianças soterradas. Elas foram resgatadas com vida e seguem internadas. Casas foram arrastadas em várias regiões da capital, e moradores ficaram ilhados.
O ministro do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, foram a Manaus, no domingo, e prometeram reconstruir 5 mil moradias na cidade.
Em Rio Branco, o rio que corta a cidade subiu quase 17 metros. As chuvas intensas que atingem a região, desde a semana passada, provocam alagamentos e bloquearam um trecho da BR-364, que liga o Acre a São Paulo.
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