Agenda de Dilma no Brics tem economia verde e Rússia
Ex-presidente assume comando do banco durante viagem de Lula à China
SBT News
A ex-presidente Dilma Rousseff já vai receber o presidente Lula em Xangai, na China, no próximo dia 29 de março, no cargo de líder do Novo Banco de Desenvolvimento do Brics, bloco econômico formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
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No último dia 10, o banco comunicou oficialmente que o atual presidente, o brasileiro Marcos Troyjo, deixará a instituição No mesmo dia, Dilma será empossada.
Dilma Rousseff presidirá o banco até julho de 2025, quando acaba o mandato rotativo entre os países fundadores da instituição financeira. Após o presidente Lula tomar posse, o governo articulou a troca de poder, em consulta a todos os sócios.
Com US$ 32 bilhões em projetos aprovados desde 2015, o banco atualmente investe US$ 4 bilhões no Brasil, principalmente em rodovias e portos.
Dilma tem dois grandes desafios pela frente: impulsionar projetos ligados ao meio ambiente e driblar o impacto geopolítico das retaliações ocidentais à Rússia, um dos sócios-fundadores. Em relação à economia verde, o principal desafio de Dilma, que enfrentou conflitos com a área ambiental do governo nos dois mandatos de Lula, será a adaptação às novas exigências ambientais dos projetos de infraestrutura.
Na 27ª Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (COP-27), no Egito, o NDB assumiu o compromisso de aumentar o financiamento a projetos ambientalmente sustentáveis, mas o sucesso dessa missão depende da vontade da China e da Rússia de injetarem dinheiro nesse tipo de empreendimento.
Outro desafio que Dilma terá de enfrentar no comando do NDB será a resistência dos países ocidentais em relação à Rússia. Segundo Lucena, as sanções por causa da guerra na Ucrânia estão impedindo o banco de emitir títulos no mercado financeiro europeu e norte-americano. A nova presidenta da instituição terá de encontrar opções para captar recursos fora do Brics.
* Com informações da Agência Brasil.
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