Abert: redes sociais devem ser responsabilizadas por conteúdo falso
Ministro Paulo Pimenta diz que medida pode tornar Brasil protagonista na regulamentação de plataformas
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Em defesa de que as redes sociais sejam responsabilizadas pela propagação de conteúdo falso compartilhado nas plataformas, O SBT e outras emissoras de rádio e televisão que fazem parte da Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão) firmaram um compromisso para combate à desinformação na internet. A ação foi definida em uma carta, que lista propostas para regular plataformas digitais no país.
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Com o título "Carta de Brasília", o documento estabelece medidas para tentar pôr fim a práticas de desinformação, discurso de ódio e outras formas de conteúdo digital que podem trazer prejuízos à democracia. O anúncio foi dado na 4ª feira (15.mar), no 1º Seminário sobre os Desafios e Ações na Era Digital, promovido pela Abert e pela Associação Internacional de Radiodifusão (AIR).
Além do setor de comunicação, representantes do governo e do Congresso destacaram a importância em regular plataformas de redes sociais pela divulgação de informações falsas, as chamadas "fake news". O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação do governo, Paulo Pimenta, afirmou que a medida pode colocar o Brasil como protagonista na regulamentação, e disse haver necessidade de um projeto para evitar problemas democráticos nas plataformas.
"Obrigatoriamente o projeto de Lei precisa enfrentar essa assimetria. Ela é corrosiva para a democracia. Ela enfraquece o jornalismo profissional e o Brasil não pode se calar diante de um tema que o mundo inteiro está enfrentando", declarou o ministro.
O presidente de Abert, Flávio Lara Resende, por sua vez, disse que as plataformas digitais são bem-vindas no ambiente de comunicação - mas defendeu que elas respondam pelo que é veiculado. "É também necessária a responsabilização dessas empresas e plataformas pela divulgação de conteúdo disponibilizado na rede mundial de computadores, em especial quando se verificar a veiculação de notícias falsas ou informações direcionadas e impulsionadas eletronicamente com fins lucrativos", defendeu.